ebook img

Arquivos Do Jardim Botânico Do Rio de Janeiro PDF

124 Pages·1992·7.8 MB·Portuguese
by  
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview Arquivos Do Jardim Botânico Do Rio de Janeiro

ISSN 0103-2550 I . 25£, 5», 25 ARQUIVOS DO JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO VOLUME XXXI BRASIL 1992 Publicação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro - Comissão de Publicações: Maria da Conceição Valente (Coordenadora),Luciana Mautone (Coordenadora Substituta), Maria Lúcia Nova da Costa, Lúcia d* Ávila Freire de Carvalho, Mitzi Brandão. Ministro do Meio Ambiente Fernando Coutinho Jorge Superintendente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro Wanderbilt Duarte de Barros 'ENTARIO -3N GO.246.334-2 CIP - Brasil, Catalogação na fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ. Arquivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. - v.l (1915)- A795 - Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 1992 (Rio de Janeiro: Expressão e Cultura) Descrição baseada no: v. 31, 1992 ISSN 0103-255 1. Botânica- Periódicos brasileiro. I. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. CDD-581.05 580.5 CDU - 58(05) 89-0440 x-gsG\íAi, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS S.G\S?-0 ARQUIVOS DO JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO VOLUME XXXI BRASIL 1992 Monnina itapoanensis Vianna et Marques n. sp. Francisca Marlene da Silveira Vianna* Depto. de Botânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Av. Paulo Gama 40 - Porto Alegre - Rio Grande do Sul. Brasil. Maria do Carmo Mendes Marques Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Rua Pacheco Leão 915. Rio de Janeiro-RJ. Brasil. RESUMO Os autores apresentam descrições e ilustrações de Monnina itapoanensis, uma nova espécie, ocorrente em dunas de areia de Itapoã e de Tapes, no Estado do Rio Grande do Sul. Ela apresenta afinidade com M. dictyocarpa Griseb. da qual difere pelo caule delgado e pouco ramificado, pelas folhas uniformes, sempre lineares e pelo ovário piloso. ABSTRACT The authors present descriptions and illustrations of Monnina itapoanensis, one new species, ocurrent in sandy dunes of Itapoã and Tapes, in Rio Grande do Sul State, having affinity to M. dictyocarpa Griseb.; it is discinct by slender stem little ramified, uniform leaves, always linears and hairy ovary. • espécie Monnina itapoanensis Vianna et Marques Figs. 1-3 Suffrutex, 0.60-1,0m altus. Caulis circa 3 mm diam., parce ramosus, teres, erectus, tenuis, puberulus. Folia petiolo 1,6-2,8mm longo, puberulo, basi absque glandulis paribus lateralibus; lamina 25,0-46,Omm longa, 1,6-2,6 mm lata, linearis, basi acuta, ápice obtuso-rotundato-acuminata vel attenuata, integerrima, mem- branacea, pilis sparsis utrinqueobsita, epidermidibus infera et supera a fronte visis cellulis parietibus leviter undulatis vel rectis ornatis; stomata utrinque anomocyt- hica, cellularum alterum in eadem altitudine vel leviter superne altius, 4-5, raro 3 cellulis cincta; indumentum püis simplicibus unicellularibus praeditum, quibus saepe ad apicem rumpentibus et parietibus silica imbutis. Nervatio bronchidodro- ma, nervis secundariis alternis vel suboppositis, ascendentibus vel subpatentibus, angulis acutis vel subrectis gaudentibus. Inflorescentiae in racemos simplices, terminales, pedunculatos dispositae; riachi post delaosos fructus usque 25 cm longa, adpresso-puberula; pedicello ca. 1,8 mm longo, puberulo, basi glandulis paribus lateralibus carenti; bracteolis caducis, intermedia ca. 1mm longa, 0,7mm lata, anguste ovata, ciliata et dorso puberula, ter quam laterales ovatae maiore. Professora da Universidade Federal do Rio Grande Do Sul Pesquisadora do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (IBAMA) e Bolsista do CNPq Arquivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro Volume XXXI Flores 4,0-5,0 mm longi, a roseis usque lilacinis; sepala externa ovata, marginibus ciliata et dorso puberula, ad apicem obtusa, superne ca. 1,5 mm longa et inferne ca. 2,0 mm longa; sepalis intemis suborrbiculatis, basi ungüiculatis, ungüicula unilateraliter ciliata; carina libera, glabra, trilobata, lobo centrali ad apicem leviter emarginato etlobis lateralibus sinibus plicatis, sepalis intemis aequantibus; petalis lateralibus apicem versus rotundatis, vaginae stamineae dorso adnatis, glabris velpuberulis, basin versum ciliatis. Staminum vagina ciliata in apicis centro, leviter ad marginem ciliata deorsum inclinata; filamenta libera quam anterae maiora et versum margines longiora; entheris unilocularibus. Grana pollinis oblata. Discus subhemisphaericus. Ovarium oblogum uniloculare, uniovulatum, pilosum; stylus curvus ad apicem truncatus vel bifidus, gradatim dilatatus excrecentiis parvis, triangularibus et lateralibus; stigmate globoso, sublaterali in inferno ápice styli. Samara adjectis alis ca. 10,0 mm longa, 8,5 mm lata, elliptica, leviter inaequilatera, utrinque emarginata, puberula, ciliata; seminali núcleo laxe reticulato et alis membranaceis radiatim nervosis, ciliatis. Sêmen ellipticum, tegumento brunneo verrucoso et tenuiter membranaceo indutum; endospermio flavescenti, membra- naceo plus minusve tegumento adnato. Embryo continuus, cotyledonibus plano- convexis quam axis hypocotylo-radicularis multo maioribus. Species cromosomis (2n) 18 gaudet, ut videtur aneuploidis. Species haec affinis M. dicttyocarpae, a qua caule tenui et paulo ramoso, foliis uniformibus, semper linearibus, ovario piloto et numero cromosomis differt. Subarbusto, 0,60-1,0 m de altura. Caule pouco ramificado, cilíndrico, ereto, delgado, pubérulo, ca. de 3 mm de diâmetro. Folhas com pecíolo de 1,6-2,8 mm de comprimento, pubérulo e sem glândulas pares laterais à sua base; lâmina com 25,0-46,0 mm de comprimento e 1,6-2,6 mm de largura, linear, aguda na base, obtuso-arredondado-acuminada ou atenuada no ápice, integérrima, membraná- cea, provida de tricomas esparsos em ambas as faces; epidermes superior e inferior, em vista frontal, com células de paredes levemente onduladas ou retas, com estômatos do tipo anomocítico dispostos nas duas faces, no mesmo nível ou levemente acima das demais células, circundados por 4-5, raro 3 células; indu- mento constituído de tricomas simples e unicelulares que geralmente se rompem no ápice e com as paredes providas de impregnação de sílica. Padrão de nervação broquidódromo; nervura principal em linha reta; nervuras secundárias alternas ou subopostas, ascendentes ou subpatentes, formando ângulos agudos ou quase retos; rede laxa; venação última marginal anastomosada, com poucas ramifica ções livres; terminações vasculares múltiplas terminando com 2 ou 3 tranqueídeos finais e, às vezes, raros esclerocitos ao longo das terminações. Inflorescencias dispostas em racemos simples, terminais, pedunculados; raque adpresso-pubé- rula, medindo 25cm de comprimento após a queda dos frutos; pedicelo ca. de 1,8mm de comprimento, pubérulo, sem glândulas pares laterais à base; bractéola central ca. de 1,7 mm de comprimento e 0,7 mm de largura, estreitamente ovada, puberula no dorso e ciliada nas margens, 3 vezes maior que as laterais ovadas. Flores 4,5-5,0 mm de comprimento, de róseas a liláses; sépalas externas ovadas, ciliadas nas margens e pubérulas no dorso, obtusas no ápice; as superiores ca. de 1,5 mm de comprimento e a inferior ca. de 2,0 mm de comprimento; sépalas internas suborbiculares, unguicüladas na base, com ungüículo unilateralmente ciliado; carena livre, glabra, trilobada, com lobo médio levissimamente emargina- do com ápice e lobos laterais com reentrância plicada, alcançando as sépalas internas; pétalas laterais arredondadas para o ápice, presas ao dorso da bainha estaminal, glabras ou pubérulas, ciliadas em direção à base. Bainha dos estames, no centro apical ciliada, levemente inclinada em direção às margens ciliadas; filetes livres maiores que o comprimento das anteras e mais longos em direção às margens; anteras uniloculares; grãos de pólen policolporados, oblatos em vista equatorial e com 12-13 cólporos em vista polar. Ovário oblongo, unilocular, uniovulado, piloso; estilete curso, gradativamente alargando-se para o ápice truncado ou bífido, com pequenas protuberâncias triangulares laterais; estigma globoso, sublateral na extremidade inferior do estilete. Samara, incluindo as alas, com ca. de 10,0 mm de comprimento e 8,5 mm de largura, elíptica, levemente assimétrica, emarginada de ambos os lados, puberula; núcleo seminífero frouxa mente reticulado; alas membranáceas, radialmente nervosas, ciliadas. Semente elíptica, com tegumento bruno e tenuissimamente membranaceo; endosperma 4 Francisca Marlene da Silveira Vianna e Maria do Carmo Mendes Marques amarelado, membranáceo, mais ou menos conado ao tegumento. Embrião con tínuo, com cotilédones elípticos, plano-convexos, muito maiores que o eixo hipocótilo-radícula. Espécie provavelmente um aneuplóide, com 2n= 18. Esta espécie é afim de M. dictyocarpa Griseb., da qual se difere pelo caule delgado e pouco ramificado, pelas folhas uniformes, sempre lineares, pelo ovario piloso e pelo número de cromossomos. M. dictyocarpa Griseb. (Paraná, leg. E. Pereira 6123 et ai., R8), apresenta caule mais ramificado, polimorfismo foliar e ovario glabro ou com tricomas esparsos. Larsen (1967) faz contagens de cromossomos e para esta espécie assinala 2n= 40. M. itapoanensis foi encontrada em dunas de areia, com flores e frutos nos meses de fevereiro, setembro, outubro e novembro, sem variações de hábito e forma foliar. Material examinado: Rio Grande do Sul - Habita em dunas de areia de Itapoã, 25.X.1975, F.M.S. Viana s. n. (ICN 30426 - holótipo); ibidem, 7.XI.1970, M. L. Porto s. n. (ICN 7840); ibidem, 19.IX.1987, F. M. S. Vianna70 (ICN, R8); Tapes, orla da Lagoa dos Patos, em areia fina, 17.11.87, Sérgio Bordímgnon 739 (ICN, R8). Agradecimentos Ao Dr. Carlos Toledo Rizzini pela carinhosa atenção na correção da diagnose em latim. Ao curador do herbário do Departamento de Botânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ICN), pelo empréstimo e doação do material botânico. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LARSEN, K. 1967. Cytological Studies on Monnina. Fedde Rcpert. 75 (1-2): 43-46, fig. 1-9. MARQUES, M. C. "Monnina Ruiz et Pavon (Polygalaceae) no Brasil". No prelo. VIANNA, F. M. S. Citotaxonomia do gênero Monnina (Polygalaceae) do Rio Grande do Sul (Tese de Mestrado em Botânica). Monnina itapoanensis 5 Fig. 1 (leg. F. M. S. Vianna s. n., ICN 30426): a, b - lâmina foliar; c - bracléolas, a central e as laterais; d - flor; e - sépalas externas; f - uma das sépalas internas; q - carena; h - gineceu; i - fruto; j - androceu. 6 Francisca Marlene da Silveira Vianna e Maria do Carmo Mendes Marques 100/umm Fig. 2. Lâmina foliar: a - bordo; b - rede; c - terminações vasculares; d - esclereideos ao longo das terminações vasculares; e - tricoma na epiderme infenor, f - epiderme superior; g - epiderme inferior. Monnina itapoanensis 7 Fig 3 L«»í. «. a. flana* "«• ». n. S. Viaaua 7» toe BotiV BSt í-oi-.o il*«r* Fig. 3. Monnina itapoanensis Vianna et Marques. (Leg. F. M. S. Vianna 72, ICN) 8 Francisca Marlene da Silveira Vianna e Maria do Carmo Mendes Marques Considerações Sobre as Novas Ocorrências Geográficas de Melananthus Ulei Carv. (Solanaceae). Lúcia d'Avila Freire de Carvalho RESUMO Neste artigo divulga-se novas localidades para Melananthus ulei Carv., tomando por base o material proveniente do herbário de Itabuna na Bahia (CEPEC) e os depositados no herbário do Jardim Botâruco do Rio de Janeiro (RB e ex K). Algumas considerações sobre a época de floração e de frutificação, e o tipo de vegetação em que estas plantas se desenvolvem são aqui apresentadas. ABSTRACT New localities o occurrence of MELANANTHUS ULEI CARV. (Solanaceae) in the "CAATINGA and CERRADO", based on date of plant collected in Mato Grosso, Bahia (Brasil) and Bolivar (Venezuela), are given in this paper. INTRODUÇÃO Identificando espécimes de Solanáceas coletadas no Estado da Bahia, enviado pelo herbário do Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC) e Royaí Botanical Gardens-Kew (K), registrou-se novas localidades de ocorrências para Melananthus ulei Carv., antes conhecida somente para o município de Canto do Buriti na Serra Branca situada no Estado do Piauí (CARVALHO, 1966a), local onde o botânico E. Ulei coletou a espécie-tipo. Melananthus ulei Carv. (figs. 1 e 2) Carvalho, Sellowia 18:53, est. 1, 3 e 4, fotos 3 e 4. 1966. MATERIAL ESTUDADO VENEZUELA. Estado Bolivar: 75 Km ai norte de Santa Elena de Vairém y 232 km ai sur de El Dorado, lat. 52 15' N, long. 612 15'Oeste, alt. 1200 m. 19.XII.1978, J. A. Steyentiark et ai. 17868 (RB, VERN). BRASIL. Mato Grosso: Subbase de Santa Terezinha, 50a 202 w e 10a 31,5', 12.XII.1977, C. T. Falcão 1979 (RB). Bahia: 8 km NW of Lagoinha (5,5 km SW of Delfino) on the road to Minas do Mimoso, approx. 412 17' w and 10224,5', ca. 850 m. alt., 5.111.1974, R. M. Harley et ai. 16773, (CEPEC, K, RB); 22 km north-west of Lagoinha (which is 5,5 km SW of Delfino) on side road to Minas do Mimoso, 412 20' w and 102 20'5, ca. 980 m. alt, 6.111.1974, R. M. Harley et ai. 16827 (CEPEC, K, RB); Basin of the upper São Francisco river just beyond Calderão, ca. 32 km NE from Bom Jesus da Lapa, 43a 13' w and 132 10'5, 18.IV.1980, R. M. Harley et ai 21510 (CEPEC, K, RB). * Pesquisadora do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e do Conselho Nacional de desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Melananthus Ulei 9

See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.