"Literatura é liberdade", afirmou Susan Sontag pouco mais de um ano antes de sua morte, em 2004. A frase hoje soativismo como justificativa para toda uma vida de compromisso com o amor à literatura e um ferrenho ativismo político. "Ao mesmo tempo" reúne os últimos textos da ensaísta e romancista que nunca separaram a estética da ética.
O turbulento início do século XXI são obrigados a autora a se manter fiel são obrigados a tornar o tempo ao espírito de concurso que ela até se manifestou ao espírito de nos anos
1. de intervenção pública escrita no calor dos acontecimentos.
Destaca-se a tortura de Sontag diante dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 e da tortura na prisão de Abu Ghraib, no Iraque. Mas essa vigilância política nada tinha de antiamericanista. Ao contrário, ela manifesta o amplo cosmopolitismo que a autora declara ter aprendido com a literatura.
Para Sontag, seu modo crítico de ser uma cidade americana lhe assegurava também a cidadania plena na sua almejada "república internacional das letras".