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Anta Brasileira PDF

267 Pages·2008·2.74 MB·Portuguese
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PHVA Anta Brasileira Tapirus terrestris Workshop para a Conservação da Anta Brasileira (Tapirus terrestris) Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat (PHVA) Sorocaba, São Paulo, Brasil 15 a 19 de Abril de 2007 Relatório Final Uma contribuição do IUCN/SSC Tapir Specialist Group (TSG) e IUCN/SSC Conservation Breeding Specialist Group (CBSG) em cooperação com o Zoológico de Sorocaba. Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat (PHVA) para a Anta Brasileira. Relatório Final. CBSG Brasil e CBSG Sede. Workshop para a Conservação da Anta Brasileira (Tapirus terrestris) Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat (PHVA) Sorocaba, São Paulo, Brasil 15 a 19 de Abril, 2007 Relatório Final Editado por: Medici, E. P.; Desbiez, A. L. J.; Gonçalves da Silva, A.; Jerusalinsky, L.; Chassot, O.; Montenegro, O. L.; Rodríguez, J. O.; Mendoza, A.; Quse, V. B.; Pedraza, C.; Gatti, A.; Oliveira-Santos, L. G. R.; Tortato, M. A.; Ramos Jr., V.; Reis, M. L.; Landau-Remy, G.; Tapia, A.; Morais, A. A. Compilado pelos Participantes do Workshop. Workshop para a Conservação da Anta Brasileira: Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat 1 Workshop Organizado Por: IUCN/SSC Tapir Specialist Group (TSG); Zoológico de Sorocaba, São Paulo, Brasil; Zoológico de Houston, Estados Unidos; e Sorocaba Convention and Visitors Bureau, São Paulo, Brasil. Suporte Institucional: Zoológico de Sorocaba, Brasil; Houston Zoo, Estados Unidos; Prefeitura do Município de Sorocaba, Brasil; Zoológico de Copenhagen, Dinamarca; IUCN/SSC Conservation Breeding Specialist Group (CBSG) Rede Brasileira; IUCN/SSC Conservation Breeding Specialist Group (CBSG) - Sede Estados Unidos; IUCN/SSC Conservation Breeding Specialist Group (CBSG) - Rede Mexicana; IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas, Brasil; Association of Zoos and Aquariums (AZA) Tapir Taxon Advisory Group (TAG); European Association of Zoos and Aquaria (EAZA) Tapir Taxon Advisory Group (TAG); e Joy-Joy Studios, Sorocaba, São Paulo, Brasil. Suporte Financeiro: Alexandria Zoological Park, Estados Unidos; Chicago Board of Trade Endangered Species Fund, Brookfield Zoo, Chicago Zoological Society, Estados Unidos; Connecticut’s Beardsley Zoo Conservation Fund, Estados Unidos; Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Brasil; Copenhagen Zoo, Dinamarca; Denver Zoological Gardens, Estados Unidos; Dutch Foundation Zoos Help (DFZH), Holanda ; Emmen Zoo, Holanda; Evansville’s Mesker Park Zoo & Botanic Garden, Estados Unidos; Herberstein Tier-und Naturpark, Áustria; Houston Zoo Inc., Estados Unidos; IUCN/SSC Tapir Specialist Group Conservation Fund (TSGCF); Los Angeles Zoo, Estados Unidos; Miami Metro Zoo, Zoological Society of Florida, Estados Unidos; Nashville Zoo, Estados Unidos; Nature Conservation Trust, Apelsoorn, Holanda; Prefeitura do Município de Sorocaba (Municipality of Sorocaba) - PROJETO FAMA, São Paulo, Brasil; Rum Creek Preserve (Former Peace River Center), Estados Unidos; Safari de Peaugres, França; San Antonio Zoological Gardens & Aquarium, Estados Unidos; San Diego Zoo, Estados Unidos; San Francisco Zoo, Estados Unidos; Sedgwick County Zoo, Estados Unidos; Zoológico de Sorocaba, Brasil; Twycross Zoo, Reino Unido; U.S. Fish & Wildlife Service, Division of International Conservation, Estados Unidos; Virginia Zoological Park, Estados Unidos; Wildlife World Zoo Inc., Estados Unidos; World Association of Zoos and Aquariums (WAZA), Suíça; Zoo de La Palmyre, França; Zoo Osnabrück, Alemanha; e Zoologicka Garden & Chateau Zlin-Lesna, República Checa. Patrocínio para Participantes: Administración de Parques Nacionales, Delegación Regional Noroeste, Argentina; American Airlines, Partnership Brookfield Zoo, Estados Unidos; BIOTRÓPICOS - Instituto de Pesquisa em Vida Silvestre, Brasil; BRIT - Botanical Research Institute or Texas, Estados Unidos; Brookfield Zoo, Chicago Zoological Society, Estados Unidos; CAIPORA - Cooperativa para Conservação da Natureza, Brasil; Centro Tecnológico de Recursos Amazónicos - Organización de Pueblos Indígenas de Pastaza, Equador; Conservation International (CI), Suriname; Conservation International (CI), Estados Unidos; Continental Airlines, Partnership Houston Zoo Inc., Estados Unidos; Entidad Binacional Yacyretá, Paraguai; Fundação Parque Zoológico de São Paulo, Brasil; Fundação RioZOO, Brasil; Fundación Ecológica Arcoiris, Equador; Fundación Nacional de Parques Zoológicos e Acuários (FUNPZA) - Ministerio del Ambiente, Venezuela; Fundación Temaikén, Argentina; IF - Instituto Florestal do Estado de São Paulo, Brasil; Instituto de Ensino, Pesquisa e Preservação Ambiental Marcos Daniel (UNILINHARES), Brasil; Instituto de Investigación de Recursos Biológicos “Alexander von Humboldt”, Colômbia; Instituto de Pesquisas Cientificas e Tecnologicas do Estado do Amapá (IEPA), Brasil; IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Brasil; IPAM - Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazonia, Brasil; IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas, Brasil; IUCN/SSC Conservation Breeding Specialist Group (CBSG) - Rede Brasileira e Sede Estados Unidos; IUCN/SSC TSG Conservation Fund (TSGCF); KASA - Kouprey Amigos dos Santuários de Animais, Brasil; Kwata Association, Guiana Francesa; Michelin, Bahia, Brasil; ONCFS - Office National de la Chasse et de la Faune Sauvage, Guiana Francesa; Parque Zoológico da Prefeitura Municipal de Bauru, Brasil; Parque Zoologico Recreacional Huachipa, Peru; Royal Zoological Society of Scotland (RZSS), Edinburgh Zoo, Escócia; Suriname Conservation Foundation - Capacity Building Support Project, Suriname; Unidad Administrativa Especial del Sistema de Parques Nacionales Naturales de Colômbia (UAESPNN), Colômbia; Universidad de Antioquia, Colômbia; Universidad Distrital Francisco Jose de Caldas, Colômbia; Universidad Nacional de Colômbia (UNAL), Colômbia; Wildlife Conservation Society (WCS), Bolívia; Wildlife Conservation Society (WCS), Brasil; Wildlife Conservation Society (WCS), Equador; Zoo Osnabrück, Alemanha; Zoológico de Brasília, Brasil; Zoológico de Parque Sur de la Ciudad de Maracaibo, Venezuela; Zoológico de São Bernardo do Campo, Brasil; e ZooParc de Beauval, França. Workshop Facilitado Por: IUCN/SSC Conservation Breeding Specialist Group (CBSG) - Rede Brasileira e Sede Estados Unidos (www.cbsg.org). © Copyright CBSG 2007 Medici, E. P.; Desbiez, A. L. J.; Gonçalves da Silva, A.; Jerusalinsky, L.; Chassot, O.; Montenegro, O. L.; Rodríguez, J. O.; Mendoza, A.; Quse, V. B.; Pedraza, C.; Gatti, A.; Oliveira-Santos, L. G. R.; Tortato, M. A.; Ramos Jr., V.; Reis, M. L.; Landau-Remy, G.; Tapia, A.; Morais, A. A. (Editors). 2007. Workshop para a Conservação da Anta Brasileira: Relatório Final. IUCN/SSC Tapir Specialist Group (TSG) & IUCN/SSC Conservation Breeding Specialist Group (CBSG), Brasil. Workshop para a Conservação da Anta Brasileira: Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat 2 Workshop para a Conservação da Anta Brasileira (Tapirus terrestris) Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat (PHVA) Sorocaba, São Paulo, Brasil 15 a 19 de Abril, 2007 ÍNDICE 1- Resumo Executivo 5 2- Relatório do Grupo de Trabalho: Manejo de Habitat em Áreas Protegidas 32 3- Relatório do Grupo de Trabalho: Manejo de Habitat fora de Áreas Protegidas 52 4- Relatório do Grupo de Trabalho: Conflitos Humanos 81 5- Relatório do Grupo de Trabalho: Educação, Política e Comunicação 96 6- Relatório do Grupo de Trabalho: Conservação Ex-Situ 115 7- Relatório da Força Tarefa: Epidemiologia 132 8- Relatório da Força Tarefa: Genética 146 9- Relatório do Grupo de Trabalho: Biologia Populacional e Simulação de Modelos 153 10- Lista de Participantes 247 11- Glossário de Abreviações 257 12- Apêndice: Simulation Modeling and Population Viability Analysis 260 Workshop para a Conservação da Anta Brasileira: Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat 3 Workshop para a Conservação da Anta Brasileira (Tapirus terrestris) Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat (PHVA) Sorocaba, São Paulo, Brasil 15 a 19 de Abril, 2007 RESUMO EXECUTIVO Workshop para a Conservação da Anta Brasileira: Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat 4 Resumo Executivo Introdução A Anta Brasileira, Anta Sul-Ameri - 5 -cana ou Anta de Terras Baixas (Tapirus terrestris), é um mamífero da Família Tapiridae, Ordem Perissodactyla, o qual se encontra atualmente listado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN - International Union for the Conservation of Nature) como “Vulnerável à Extinção” nas categorias A1cd+2c+3c (IUCN/SSC Red List Assessment 2007). No Brasil, apesar de não constar da lista nacional de espécies ameaçadas de extinção (IN do MMA - Ministério do Meio Ambiente 03, 2003), a Anta Brasileira é reportada em seis das sete listas Estaduais. Apenas no Estado do Pará não é considerada como ameaçada de extinção. Nos Estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul está registrada como “Criticamente Ameaçada” e nos Estados do Paraná, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro na categoria de “Em Perigo”, sendo que no Município do Rio de Janeiro é considerada como “Extinta”. A distribuição geográfica da espécie estende-se por basicamente toda a América do Sul a leste dos Andes, desde a Venezuela até o nordeste da Argentina e Paraguai. Os países onde a espécie ocorre são Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela. As outras três espécies do gênero Tapirus são a Anta Centroamericana (T. bairdii) que ocorre na América Central, México e noroeste da América do Sul (norte da Colômbia); a Anta da Montanha (T. pinchaque) que ocorre na região andina da Colômbia, Equador e Peru; e a Anta Malaia ou Asiática (T. indicus) que ocorre na Indonésia, Malásia, Tailândia e Burma, no sudeste da Ásia (Brooks et al. 1997; Medici et al. 2000; Medici 2001). Assim como outros ungulados, dentre eles os cervídeos e pecarídeos, a anta apresenta funções ecológicas extremamente importantes (Janzen 1981; Eisenberg 1990). A anta exerce um papel crítico na formação e manutenção da diversidade biológica, desempenhando também o papel de espécie indicadora da “saúde” dos ecossistemas tropicais onde habita (Eisenberg et al. 1990; Jones et al. 1994). A extinção local ou declínio populacional dessa espécie pode desencadear uma série de efeitos adversos no ecossistema, desestabilizando alguns processos ecológicos chave tais como a predação e a dispersão de sementes, a ocupação humana das espécies vegetais, o ciclo de nutrientes etc., comprometendo a integridade e biodiversidade do ecossistema em longo-prazo (Dirzo & Miranda 1991; Brooks et al. 1997; Medici & Foerster 2002). Na Amazônia Peruana, Tapirus terrestris é o único ungulado com potencial para dispersar sementes regularmente, já que aproximadamente 33% de sua dieta são constituídos por frutos (Bodmer 1991). Workshop para a Conservação da Anta Brasileira: Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat 5 Adicionalmente, a anta é um mamífero de grande porte que apresenta um ciclo reprodutivo bastante lento (13 meses de gestação, intervalo entre concepções de cerca de 24 meses, e nascimento de somente um filhote por gestação), o que faz com que populações reduzidas por quaisquer razões tenham poucas chances de se restabelecerem na ausência de uma adequada intervenção de manejo (Redford 1992; Alvard et al. 1997; Brooks et al. 1997). A primeira versão do Plano de Ação para a Conservação de Antas publicado pela IUCN em 1997 (IUCN/SSC Tapirs: Status Survey and Conservation Action Plan) identificou a destruição e fragmentação de habitat, com conseqüente isolamento populacional, e a caça intensiva como os principais fatores responsáveis pelo declínio das populações das quatro espécies de anta em seus respectivos países de ocorrência (Brooks et al. 1997). Em Belize, na América Central, a caça é o principal fator responsável por declínios populacionais ou extinções locais da Anta Centroamericana (Fragoso 1991). Na Indonésia, a perda de habitat vem sendo considerada como a grande responsável pelo desaparecimento local da Anta Malaia que, em geral, não é caçada devido a restrições alimentares impostas pela religião muçulmana (Brooks et al. 1997). No que diz respeito à Anta da Montanha, as principais causas para o quase que completo desaparecimento da espécie nos três países de sua distribuição são a perda e fragmentação de habitat e a caça predatória, realizada principalmente para fins medicinais (Downer 1997). Outro aspecto bastante sério mencionado pelo Plano de Ação da IUCN é o fato de que grande parte das populações das quatro espécies de antas encontra-se fora dos limites de áreas legalmente protegidas, o que dificulta a sua proteção. Adicionalmente, é evidente a carência de informações a respeito da ecologia das antas na natureza, o que por si só justifica a realização de estudos e eventos científicos que produzam, compilem e discutam informações básicas sobre a ecologia, história natural, questões comportamentais e reprodutivas, ameaças, condições do habitat etc. Esta carência de informações, aliada a todas as demais problemáticas mencionadas, justifica a elaboração e implementação de planos de ação para conservação e manejo das populações de antas em todas as regiões e países onde elas ocorram. Tais planos de ação serão certamente uma contribuição fundamental para que a comunidade conservacionista possa subsidiar e justificar seus esforços e convencer as autoridades sobre a necessidade de se promover políticas públicas racionais para o uso das áreas naturais, ou ainda sobre a importância de conservar e proteger determinadas espécies e habitats ameaçados. Workshop para a Conservação da Anta Brasileira: Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat 6 IUCN/SSC Tapir Specialist Group (TSG) Grupo de Especialistas de Anta da IUCN O Grupo Especialista de Antas (TSG - Tapir Specialist Group) é uma organização científica fundada em 1980 como um dos 120 Grupos Especialistas da Comissão de Sobrevivência de Espécies (SSC - Species Survival Commission) da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN - The International Union for the Conservation of Nature). A Comissão de Sobrevivência de Espécies atua como conselheira da IUCN e seus membros no que diz respeito a aspectos técnicos da conservação de espécies. A Comissão é uma rede formada por Grupos Especialistas e Forças Tarefa, algumas lidando com a conservação de grupos animais ou vegetais, enquanto outras estão mais focadas em problemáticas específicas tais como uso sustentável de espécies, re-introdução, entre outros. Adicionalmente, a Comissão é responsável pela criação do Livro Vermelho da IUCN, publicação de planos de ação, boletins informativos, regulamentações de políticas conservacionistas etc. Os membros da Comissão consistem de mais de 8.000 voluntários, dentre eles pesquisadores, agentes governamentais, veterinários, profissionais de zoológicos, biólogos, profissionais de gerência de áreas protegidas etc. trabalhando em quase todos os países do planeta. A meta principal do Grupo Especialista de Anta é contribuir para a conservação da biodiversidade do planeta através do estímulo, desenvolvimento e execução de programas práticos para estudar, recuperar e manejar as quatro espécies de anta e seus habitat remanescentes nas Américas do Sul e Central, e Sudeste da Ásia. O TSG busca atingir esta meta através da implementação das seguintes estratégias: a.) Revisão constante e monitoramento do status de conservação das quatro espécies de anta e promoção de suas demandas por conservação; b.) Promoção e suporte para pesquisa e distribuição de materiais; c.) Promoção da implementação de programas de conservação e manejo pelas organizações e governos apropriados; e d.) Estabelecimento de parcerias fortes e efetivas entre profissionais atuando para a conservação das espécies de anta, estimulando comunicação e cooperação. Atualmente, o TSG conta com 107 membros, incluindo pesquisadores de campo, educadores ambientais, veterinários e geneticistas, representantes de agências governamentais e organizações não-governamentais, profissionais de zoológicos e criadouros conservacionistas, acadêmicos de universidades etc. de 27 países diferentes ao redor do mundo (Alemanha, Argentina, Australia, Belize, Bolívia, Brasil, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Dinamarca, Equador, Estados Unidos, França, Guatemala, Guiana Francesa, Holanda, Honduras, Indonésia, Malásia, México, Miamar, Panamá, Paraguai, Peru, Reino Unido, Tailândia e Venezuela). Todos e cada um desses membros estão direta ou indiretamente envolvidos com a conservação de uma ou mais espécies de anta, tanto em vida-livre quanto em cativeiro em suas respectivas regiões. Workshop para a Conservação da Anta Brasileira: Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat 7 O TSG, juntamente com o Grupo Conselheiro de Manejo de Antas em Cativeiro (Tapir TAG - Tapir Taxon Advisory Group) da Associação Americana de Zoológicos e Aquários (AZA - Association of Zoos and Aquariums), o Grupo Conselheiro de Manejo de Antas em Cativeiro (Tapir TAG - Tapir Taxon Advisory Group) da Associação Européia de Zoológicos e Aquários (EAZA - European Association of Zoos and Aquariums), o Zoológico de Houston nos Estados Unidos, o Zoológico de Copenhagen na Dinamarca, e o Tapir Preservation Fund nos Estados Unidos, são os grupos chave trabalhando no desenvolvimento e implementação de programas de pesquisa, conservação e manejo de antas. Um aspecto bastante importante do trabalho destas organizações é contribuir para o desenvolvimento de estratégias coordenadas internacionais para a conservação das quatro espécies de anta e seus habitat. Workshop para a Conservação da Anta Brasileira: Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat 8 Tapir Specialist Group Action Planning Committee Comitê de Planejamento de Ações do Grupo de Especialistas de Anta Durante o Primeiro Simpósio de Antas realizado em San José, Costa Rica, em Novembro de 2001, os participantes do evento concordaram que a revisão e atualização da primeira versão do Plano de Ação para as Antas da IUCN - IUCN/SSC Tapirs: Status Survey and Conservation Action Plan (Brooks et al. 1997) – deveria ser uma das principais prioridades do TSG no médio prazo. Um Comitê de Planejamento de Ações Conservacionistas foi criado e o primeiro passo do mesmo foi discutir e selecionar a metodologia mais adequada para revisar o Plano de Ação de 1997. A metodologia selecionada para desenvolver planos de ação atualizados para as quatro espécies de anta foi a Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat (PHVA - Population and Habitat Viability Assessment), um processo desenvolvido pelo IUCN/SSC Conservation Breeding Specialist Group (CBSG). O primeiro passo tomado para atingir este objetivo foi a realização do “Workshop de PHVA para a Anta Malaia”, realizado na Reserva de Vida Silvestre de Krau na Malásia, em Agosto de 2003. Este workshop teve a participação de 35 representantes dos países de ocorrência da Anta Malaia no Sudeste Asiático, incluindo Malásia, Indonésia e Tailândia, bem como membros internacionais do TSG. Os organizadores do workshop foram o TSG, o Grupo Conselheiro de Manejo de Antas em Cativeiro (Tapir TAG - Tapir Taxon Advisory Group) da Associação Européia de Zoológicos e Aquários (EAZA - European Association of Zoos and Aquariums), o IUCN/SSC Conservation Breeding Specialist Group (CBSG), e o Departamento de Vida Silvestre e Parques Nacionais da Malásia. O suporte financeiro para o evento veio do Zoológico de Copenhagen na Dinamarca, do Departamento de Vida Silvestre e Parques Nacionais da Malásia, do Wildlife Conservation Society Tailândia, e Idea Wild nos Estados Unidos. Alguns meses depois deste primeiro workshop de PHVA, durante o Segundo Simpósio Internacional de Antas realizado na Cidade do Panamá, Panamá, em Janeiro de 2004, os participantes do evento concordaram que o próximo workshop de PHVA a ser realizado deveria ser para a Anta da Montanha. Desta maneira, o “Workshop de PHVA para a Anta da Montanha” foi realizado no Santuário de Fauna e Flora de Otún-Quimbaya em Pereira, Risaralda, Colombia, em Outubro de 2004. Um total de 66 representantes provindos dos três países de ocorrência da Anta da Montanha - Colômbia, Equador e Peru - bem como membros internacionais do TSG participaram do evento. Os organizadores do workshop foram o TSG e a Red Danta de Colombia. As organizações que deram suporte institucional ao evento foram o IUCN/SSC Conservation Breeding Specialist Group (CBSG) - Sede e Rede Mexicana, o Grupo Conselheiro de Manejo de Antas em Cativeiro (Tapir TAG - Tapir Taxon Advisory Group) da Associação Americana de Zoológicos e Aquários (AZA - Association of Zoos and Aquariums), Grupo Conselheiro de Manejo de Antas em Cativeiro (Tapir TAG - Tapir Taxon Advisory Group) da Associação Européia de Zoológicos e Aquários (EAZA - European Association of Zoos and Aquariums), e o Zoológico de Houston nos Estados Unidos. Workshop para a Conservação da Anta Brasileira: Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat 9

Description:
1997 (IUCN/SSC Tapirs: Status Survey and Conservation Action Plan) coleta de dados biológicos de antas (TSG Tapir Field Veterinary Manual
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