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Almas em Desfile PDF

123 Pages·2008·0.69 MB·Portuguese
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http://livroespirita.4shared.com ALMAS EM DESFILE..........................................................................................................................................3 NA TRILHA HUMANA.......................................................................................................................................4 PRIMEIRA PARTE.................................................................................................................................................5 1 - A FAMA DE RICO.........................................................................................................................................6 2 - A EVOCAÇÃO DO COMENDADOR.............................................................................................................8 3 - A FORÇA DO EXEMPLO.............................................................................................................................10 4 - O ACHADO.....................................................................................................................................................12 5 - PROTEÇÃO ESPIRITUAL..............................................................................................................................16 6 - RENOVAÇÃO..................................................................................................................................................17 7 - O TESOURO OCULTO..................................................................................................................................19 8 - EM LIVROS ESPÍRITAS................................................................................................................................21 9 - O TELEFONEMA............................................................................................................................................23 10 - O CASO PITANGA......................................................................................................................................24 11 - PROVAÇÃO...................................................................................................................................................28 12 - CÓLERA.........................................................................................................................................................29 13 - O MÉDICO E O FISCAL............................................................................................................................30 14 - ONDE ESTARÁ ?..........................................................................................................................................32 15 - O SOFRIMENTO ALHEIO...........................................................................................................................33 16 - PROMESSAS..................................................................................................................................................36 17 - CLARA...........................................................................................................................................................37 18 - A TIRA DE PAPEL......................................................................................................................................41 19 - OS VIRA LATAS...........................................................................................................................................43 20 - PRISÃO OU ABSOLVIÇÃO.........................................................................................................................45 21 - DOIS MESES ANTES...................................................................................................................................46 22 - PARA QUE DISCUTIR ?..............................................................................................................................49 23 - O FUNCIONÁRIO CONDENADO.................................................................................................................51 24 - O ASSALTO DA LISONJA.........................................................................................................................56 25 - CAROLINA E AGENOR..............................................................................................................................57 26 - GRAÇAS A DEUS........................................................................................................................................59 SEGUNDA PARTE................................................................................................................................................62 1 - EVITANDO O CRIME....................................................................................................................................63 2 - O GOLPE DE VENTO..................................................................................................................................65 3 - PODIA SER PIOR...........................................................................................................................................67 4 - O CASO DE APRÍGIO...................................................................................................................................68 5 - O PORTEIRO E O ALMIRANTE.................................................................................................................72 6 - QUINZE MINUTOS........................................................................................................................................74 7 - O DISFARCE...................................................................................................................................................77 8 - A JÓIA.............................................................................................................................................................79 9 - COMO NÃO....................................................................................................................................................81 10 - O MASCARADO...........................................................................................................................................82 11 - FALTA DE CARIDADE...............................................................................................................................87 12 - TENTAÇÕES..................................................................................................................................................89 13 - O LIVRE PENSADOR..................................................................................................................................91 14 - ASSIM MESMO............................................................................................................................................93 15 - NUNCA MAIS VOLTOU.............................................................................................................................94 16 - NÃO PERDOAR............................................................................................................................................96 17 - PICA- PAU.....................................................................................................................................................98 18 - COMIGO, NÃO...........................................................................................................................................106 19 - ASSISTÊNCIA MÚTUA..............................................................................................................................107 20 - RESTABELECIDO.......................................................................................................................................110 21 - A CONFISSÃO DO ZELADOR.................................................................................................................112 22 - ANTES DE CHEGAR.................................................................................................................................114 23 - TESOURO ENTERRADO...........................................................................................................................116 24 - FELIZ SEM SABER....................................................................................................................................120 25 - A DOR DE CABEÇA.................................................................................................................................121 26 - AO PÉ DO OUVIDO..................................................................................................................................123 2 ALMAS EM DESFILE Sim, em toda parte e em todos os dias, há desfile de almas. A vida garante a exibição. E cada pedaço do mundo é recanto de passarela por onde transitam as criaturas, dando mostras de si mesmas. Almas que se arrastam. Almas que lutam. Almas que riem. Almas que choram. Partilhando igualmente a marcha, caminha corretamente. Não recues, nem te apresses. Observa os companheiros, sem espanto e sem crítica, a fim de que a lição de cada um te sirva ao aprendizado. Toda vez que te inclines para esse ou aquele caminheiro, estende o coração e as mãos, em forma de entendimento e de amor, porque todas as filas prosseguem adiante, com encontro marcado no túnel da morte. E do túnel da morte cada alma em desfile surgirá no Outro Lado para receber, no Posto de Pedágio do Destino, segundo o próprio merecimento. Hilário Silva Uberaba, 29 de agosto de 1960 3 NA TRILHA HUMANA Movimentando rápidas pinceladas, Hilário Silva, neste livro, um retratista de corações, conclamando-nos a sentir e refletir. (1) Com o emprego de tintas fracas ou fortes, revela quadros diversos, apresentando o que ele próprio nomeia como sendo um desfile de almas. E as telas se destacam. O esforço premiado aparece junto à queda na invigilância. O avisa evangélico surge na estrada que a ignorância sombreia. Quem se ilude respira o ambiente de quem se esclarece. Há espíritos que caem, ao lado de espíritos que se levantam. É a trilha humana com os seus sonhos e esperanças, flores e espinhos, alegrias e sofrimentos. Mas por farol bendito fulgura a Doutrina Espírita, amparando e educando os caminheiros, em nome de Jesus. Ainda assim, o que ressalta de cada página é o imperativo da com preensão fraterna para que não venhamos a tombar em nossas próprias deficiências. Hilário, pois, trazendo a lume o episódio que arranca ao livro da vida, não tem outro intuito senão o de afirmar que todos nós — os viajores dia experiência — precisamos do alimenta amor, no prato da compaixão. EMMANUEL Uberaba, 29 de agosto de 1960. (1) A convite do Espírito de Hilário Silva, os médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier receberam respectivamente a primeira e a segunda parte deste livro. 4 PRIMEIRA PARTE MÉDIUM : WALDO VIEIRA 5 1 - A FAMA DE RICO O coronel Manoel Rabelo, influente fazendeiro no Brasil Central, fora acometido de paralisia nas pernas. Vivia no leito, rodeado pelos filhos atentos. Muito carinho. Assistência contínua. No decurso da doença veio a conhecer a Doutrina Espírita, que lhe abriu novos horizontes à vida mental. Pouco a pouco desprendia-se da idéia de posse. Para que morrer com fama de rico? Queria agora a paz, a bênção da paz. Viúvo, dono de expressiva fortuna e prevendo a desencarnação próxima, chamou os quatro filhos adultos e repartiu entre eles os seus bens. Terras, sítios, casas e animais, avaliados em seis milhões de cruzeiros, foram divididos escrupulosamente. Com isso, porém, veio a reviravolta. Donos de riqueza própria, os filhos se fizeram distantes e indiferentes. Muito embora as rogativas paternas, as visitas eram raras e as atenções inexistentes. Rabelo, muito triste e quase completamente abandonado, perguntava a si mesmo se não havia cometido precipitação ou imprudência. Os filhos não eram espíritas e mostravam irresponsabilidade completa. Nessa conjuntura, apareceu-lhe antigo e inesperado devedor. O Coronel Antônio Matias, seu amigo da mocidade, veio desobrigar-se de empréstimo vultuoso, que havia tomado sob palavra, e pagou-lhe dois milhões de cruzeiros em cédulas de contado. Na presença de dois filhos, Rabelo colocou o dinheiro em cofre forte, ao pé da cama. Sobreveio o imprevisto. Os quatro filhos voltaram às antigas manifestações de ternura. Revezavam-se junto dele. Papas de aveia. Caldos de galinha. Frutas e vitaminas. Mantinham os cobertores quentes e fiscalizavam a passagem do vento pelas janelas. Raramente Rabelo ficava algumas horas sozinho. 6 E, assim, viveu ainda dois anos, desencarnando em grande serenidade. Exposto o cadáver à visitação pública, fecharam-se os filhos no quarto do morto e, abrindo aflitamente o cofre, somente encontraram lá um bilhete escrito e assinado pela vigorosa letra paterna, entre as páginas de surrado exemplar de “O Evangelho segundo o Espiritismo”. O papel assim dizia: “Meus filhos, Deus abençoe vocês todos. O dinheiro que me restava distribuí entre vários amigos para obras espíritas de caridade. Lego, porém, a vocês, o capítulo décimo quarto de “O Evangelho segundo o Espiritismo”. E os quatro, extremamente desapontados, leram a legenda que se seguia: “Honrai a vosso pai e a vossa mãe. — Piedade filial.” 7 2 - A EVOCAÇÃO DO COMENDADOR Jorge Sales, o denodado orientador da instituição espírita, encontrava-se no habitual entendimento com Anatólio, o mentor desencarnado, através do médium. As tarefas da noite haviam praticamente chegado ao fim, mas Jorge sentia-se necessitado de instrução e por isso dilatava a palestra, ao pé dos amigos, a constituírem o círculo de oração. — Os obsidiados crescem de número — dizia Sales, preocupado —, e precisamos antepor providências... — Sim — concordava o amigo espiritual —, é necessário estender o clima da serenidade e do trabalho, do entendimento e da prece... E a conversação avançou: — São lutas morais por toda parte... Jovens mal saídos da infância caem perturbados, de momento para outro... Velhinhos, na derradeira quadra da existência, enlouquecem de súbito... Tem havido suicídios, crimes... O benfeitor consolava, pelo médium falante: — Sim, meu amigo, toda paciência é pouca a fim de vencermos com segurança... Saibamos servir a todos, com muita compreensão da fraternidade... — Tudo indica estarmos aqui sob a influência do velho comendador Antônio Paulo da Silveira Neves, que foi fazendeiro na região e está desencarnado há oitenta anos. Silveira Neves foi homem terrível... Consultei documentos na municipalidade e tenho ouvido pessoas da zona, cujos ascendentes lhe comungaram a intimidade... Possuía escravos em legião e, entre eles, era conhecido por flagelo de todos... Sustentava capatazes ferozes e comandava, ele próprio, o sofrimento dos cativos, que, às vezes eram chicoteados até a morte... Não só isso. Colocava os sitiantes daqui uns contra os outros, provocando assassínios e ódios que até hoje persistem... Estou certo de que essa teia de obsessões e vinganças nasce da atração do velho comendador... Ele deve ser a causa inicial de tudo... — Muito ponderada a sua palavra... — O irmão conhece o infeliz? — Sim, conheço... — Tenho o máximo interesse em evocá-lo... — Não acho prudente. 8 — Ora! São muitos os Espíritos rebeldes evidentemente vinculados a ele... Topo vários, a cada semana... Uns se declaram vítimas do comendador, muitos acusam o comendador e outros ainda prometem que não haverá mudança aqui, enquanto não liquidarem o comendador... Tenho assentado que, apesar de haver transcorrido muito tempo, é indispensável nos disponhamos a doutrinar esse Espírito. Sem esse contacto, ao que julgo, será muito difícil a modificação para melhor, de que estamos necessitados... — Entendo o que diz — tornou Anatólio —, mas não faça a evocação. Seria de todo inoportuna... — Mas escute, meu amigo! Eu também pareço sofrer a influência dessa poderosa entidade... As referências ao comendador desabam sobre mim como choques elétricos. Só em ouvir-lhe o nome, sinto-me mal... Imagine que já fui orar por ele, no próprio túmulo em que lhe sepultaram o corpo, tão impressionado vivo eu... Creio que se orássemos, chamando-o ao aparelho mediúnico... — Mas não convém... — Insistiria, no entanto... Um entendimento direto, entre esse Espírito perseguidor e nós, talvez desse bom resultado... — A medida é desaconselhável. — Será que Silveira Neves desencarnado está em plano superior, embora as atrocidades que cometeu? — Ainda não... O ex-comendador vive em luta consigo mesmo... — Então? Trazê-lo ao esclarecimento seria caridade... — Isso, entretanto não deve ser tentado. — Meu amigo, por que a recusa, se o Espírito dele está em provas, segundo a sua própria informação? — Apesar de tudo — replicou o benfeitor —, a evocação não deve ser praticada... O interlocutor, porém, não obstante respeitoso, perguntou semi-exasperado: — Mas por quê? Vendo que o instrutor silenciava, discreto, repetiu: — Diga! Diga, por quê?!... Foi aí que Anatólio mudou o tom de voz e falou muito sereno: — Jorge, meu amigo, a evocação não deve ser feita porque o ex-comendador Antônio Paulo da Silveira Neves é você mesmo... reencarnado. 9 3 - A FORÇA DO EXEMPLO José do Espírito Santo, modesto espírita de Nilópolis, Estado do Rio, falava à porta do Centro, a pequeno grupo de amigos: — Sim, meus irmãos, a caridade é a maior bênção. Nisso, passam dois estudantes, ouvem breves trechos da palestra e avançam conversando: — Você ouviu? Todo espírita é só “fachada”! — Realmente. Fazem as coisas “para inglês ver”. Logo depois, os rapazes deparam com infeliz mendigo. Pálido e doente. Sem paletó. Camisa em frangalhos. Pele à mostra. A tiritar de frio, estende-lhes a mão magra. Um dos estudantes dá-lhe alguns centavos. Notam, então, que José do Espírito Santo vem vindo sozinho, pela rua. E um deles diz: — Olhe! Lá vem o “tal”! Aposto que não dará nada a esse homem. — Sim. Vamos ver. Afastemos um pouco, senão ele vai querer “fazer cartaz”. Os dois jovens ficaram escondidos na esquina, um pouco adiante. O pedinte roga auxílio. José chega junto dele e o abraça, fraterno. Em seguida, apalpa os bolsos e exclama: — Infelizmente, meu amigo, estou sem um níquel... Os jovens entreolharam-se, rindo... Um deles recorda: — Não lhe disse?... O espírita condoeu-se, vendo a nudez do homem que tremia de frio. Deitou um olhar em torno para ver se estava sendo observado. Sentiu a rua deserta. Num gesto espontâneo, tirou o paletó. Dependurou a peça num portão de residência próxima, arrancou a camisa felpuda e, seminu, vestiu-a no companheiro boquiaberto, mas encantado. 10

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Toda vez que te inclines para esse ou aquele caminheiro, estende o coração e as mãos, em forma de entendimento e de amor, porque todas as filas
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