Alergia às Proteínas do Leite de Vaca Cow’s Milk Protein Allergy Liliana Marlene Oliveira Teixeira Orientado por: Carla Alexandra da Costa e Vasconcelos Co-orientado por: Hugo de Sousa Lopes - Monografia - Porto, 2010 ii Porto, 2010 Liliana Marlene Oliveira Teixeira iii Agradecimentos À minha orientadora, Dr.ª Carla Vasconcelos, por todos os ensinamentos, apoio incondicional, amizade e disponibilidade. Ao meu co-orientador, Dr. Hugo de Sousa Lopes, pelos ensinamentos, apoio e exemplo de profissionalismo. Aos meus amigos pela amizade, apoio e por todas as vivências. A todos que contribuíram para o meu crescimento pessoal e profissional. Por tudo…Aos meus pais e ao meu irmão, que sempre me apoiaram na concretização dos meus sonhos… Liliana Marlene Oliveira Teixeira Porto, 2010 iv Porto, 2010 Liliana Marlene Oliveira Teixeira v Índice Agradecimentos ..................................................................................................... iii Lista de Abreviaturas ............................................................................................. vii Resumo .................................................................................................................. ix Palavras-Chave. ..................................................................................................... ix Abstract ................................................................................................................... x Key-Words. .............................................................................................................. x Introdução ............................................................................................................... 1 1. Alergia às Proteínas do Leite de Vaca (APLV) .............................................. 4 1.1. Definição ....................................................................................................... 4 1.2. Alergia versus intolerância às proteínas do leite de vaca ............................. 4 2. Mecanismos imunológicos ............................................................................ 5 3. Alergénios presentes no leite de vaca ........................................................... 6 4. Prevalência e incidência da alergia às proteínas do leite de vaca................. 8 4.1. Prevalência ................................................................................................... 8 4.2. Incidência .................................................................................................... 10 5. Sintomas da alergia às proteínas do leite de vaca ...................................... 11 6. Diagnóstico da alergia às proteínas do leite de vaca .................................. 12 6.1. Formas de diagnóstico ................................................................................ 12 6.1.1. História Clínica e Exame Físico ................................................................... 12 6.1.2. Testes laboratoriais ..................................................................................... 13 6.1.2.1. Skin Prick Test (SPT) ............................................................................... 13 6.1.2.2.Níveis de IgE específica para PLV no soro ............................................... 14 6.1.2.3. Patch Test Atópico ................................................................................... 16 6.1.3. Dieta de Eliminação ..................................................................................... 17 Liliana Marlene Oliveira Teixeira Porto, 2010 vi 6.1.4. Prova de Provocação Oral .......................................................................... 17 6.2. Algoritmo para o diagnóstico ....................................................................... 18 6.2.1. Algoritmo para o diagnóstico de APLV em lactentes amamentados ........... 18 6.2.2. Algoritmo para o diagnóstico em lactentes alimentados com fórmulas ....... 19 7. Tratamento da alergia às proteínas do leite de vaca ................................... 21 7.1. Dieta de eliminação ..................................................................................... 21 7.2. Fórmulas hipoalergénicas ........................................................................... 23 7.3. Indução de Tolerância Oral ......................................................................... 25 7.4. Tratamento de emergência.......................................................................... 28 8. Prognóstico.................................................................................................. 29 9. Factores de Risco ........................................................................................ 30 10. Prevenção ................................................................................................... 32 Considerações Finais ............................................................................................ 34 Referências Bibliográficas ..................................................................................... 37 Porto, 2010 Liliana Marlene Oliveira Teixeira vii Lista de Abreviaturas OMA – Organização Mundial de Alergias IgE – Imunoglobulina E CE – Comissão Europeia APLV – Alergia às Proteínas do Leite de Vaca ILV – Intolerância ao Leite de Vaca CAP – Células Apresentadoras de Antigénios PLV – Proteínas do Leite de Vaca IL-5 – Interleucina 5 b-Lg - β-lactoglobulina a-Lac - α-lactoalbumina EUA – Estados Unidos da América SPT – Skin Prick Test FEH – Fórmulas Extensamente Hidrolisadas FAA – Fórmulas baseadas em Aminoácidos FHPA – Fórmula Hidrolisadas à base de Proteínas de Arroz ITSC – Imunoterapia Subcutânea ITSL – Imunoterapia Sublingual ITO – Imunoterapia Oral ITOE – Indução de Tolerância Oral Específica APA – Academia Pediátrica Americana IgA – Imunoglobulina A Liliana Marlene Oliveira Teixeira Porto, 2010 viii Porto, 2010 Liliana Marlene Oliveira Teixeira ix Resumo A alergia às proteínas do leite de vaca é uma reacção de hipersensibilidade às proteínas do leite de vaca, onde intervêm mecanismos imunológicos e que pode incluir reacções mediadas ou não por IgE. A APLV é, principalmente, uma doença da infância, sendo mais prevalente durante o primeiro ano de vida. Os sinais e sintomas são, muitas vezes, difíceis de objectivar, sendo os sintomas cutâneos (50-70%) e os gastrointestinais (50-60%) os mais frequentes. Um correcto diagnóstico e tratamento são fundamentais para prevenir consequências para o desenvolvimento da criança. Actualmente não existe cura para a APLV, no entanto, vários são os tratamentos existentes, como dieta de eliminação, fórmulas hipoalergénicas, indução de tolerância oral e tratamento de emergência. A maioria das crianças (80%) recupera até ao 3º ano de vida. Vários são os factores de risco que influenciam o desenvolvimento de APLV, como história familiar de atopia e início tardio da diversificação alimentar. Medidas como o aleitamento materno entre 4-6 meses ou, na sua impossibilidade, utilização de fórmulas hipoalergénicas e iniciação da diversificação alimentar entre os 4-6 meses podem prevenir o seu desenvolvimento. Contudo, muitos estudos são ainda necessários para que se possam esclarecer algumas dúvidas que persistem. Palavras-Chave: Alergia alimentar; alergia às proteínas do leite de vaca; Skin Prick Test; níveis de IgE específica; prova de provocação oral; fórmulas hipoalergénicas; indução da tolerância oral; dieta de eliminação. Liliana Marlene Oliveira Teixeira Porto, 2010 x Abstract Allergy to cow’s milk protein is a hypersensitivity reaction to cow’s milk proteins, involving immunological mechanisms and may include IgE-mediated or non-IgE-mediated reactions. CMPA is primarily a childhood disease, being more prevalent during the first year of life. Signs and symptoms are often difficult to objectify and cutaneous (50-70%) and gastrointestinal (50-60%) symptoms are the most frequent. Correct diagnosis and treatment is the key to prevent the consequences for child development. Currently, there is no cure to CMPA, however, several treatments are available, such as elimination diet, hypoallergenic formulas, oral tolerance induction and emergency treatment. Most children (80%) recover until the third year of life. There are several factors that influence the development of CMPA, such as family history of atopy and delayed onset feeding diversification. Measures as breastfeeding between 4-6 months or use of hypoallergenic formulas and initiation of feeding diversification between 4-6 months can prevent its development. However, many studies are still needed to clarify some doubts that persist. Key-Words: Food allergy; cow’s milk protein allergy; Skin Prick Test; specific-IgE levels; oral food challenge; hypoallergenic formulas; oral tolerance induction; elimination diet. Porto, 2010 Liliana Marlene Oliveira Teixeira
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