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Além da Torre de Babel PDF

110 Pages·1998·1.69 MB·110\110
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Euclydes L.. de Almeida A L É M D A T O R R E DE B A B E L Editora Bhavani 1998 2 ALÉM DA TORRE DE BABEL A GRANDE TRAMA Uma Crítica e Uma Nova Tomada De Consciência à Religião E ao Esoterismo 3 “O heroismo consiste não apenas em encontrar uma nova verdade mais ampla, mas também em ter coragem de agir de acordo com esta visão” Carol S. Pearson 4 5 6 INTRODUÇÃO Hoje falarei a respeito de uma TRAMA existente no mundo. De um Plano arquitetado, contra a humanidade, desde tempos imemoriais, fazendo-a esquecer-se de Sua Real História e, consequentemente, afastando-a de sua verdadeira posição no contexto Universal. Lamentavelmente, o tema, via de regra, tem sido “esquecido” , ou “negligenciado”, ou “encoberto” não somente por autores ortodoxos como também por aqueles outros, seguindo linhas mais liberais. Esta falha na literatura mundana e na esotérica liga-se, obviamente, à causas muito mais obscura e profundas do imaginado prioristicamente. Existem muitas maneira de observar e analisar o passado. Dezenas, talvez centenas, de pesquisadores não dão conta de como pretéritos 7 acontecimentos, “vividos” por nossos ancestrais podem ser vistos e julgados através perspectivas diversas. Até há alguns anos atrás, eu não conseguia “ver” sequer os contornos da Trama que se desenvolve furtivamente nas sombras. Encontrava-me, por assim dizer – como muitos ainda estão – presos à considerações esotéricas- religiosas ortodoxas, não me permitindo enxergar, com clareza, indícios da Trama e de seus “planejadores”. Desde o momento em que me propus a desenvolver este pequeno estudo, verifiquei o quão difícil seria escreve-los de modo inteligível ao cidadão comum sem nenhuma intimidade com o assunto. Assaltou-me, portanto, um grande sentimento de frustração ante esse obstáculo. Reconheci a dificuldade em comunicar quaisquer informações, não comuns ao contexto diário do não “iniciado”, sem o uso de um palavreado adaptado à estas condições. É muito difícil transmitir-se idéias tão afastadas do corriqueiro. É verdade, também, que este palavreado adaptado muitas das vezes mais oculta do que desvela. Sobretudo neste particular assunto, no qual vários termos adquiriram, no transcorrer do tempo, varias conotações indesejáveis, viciadas, torcidas e totalmente afastadas de seus originais significado. Verifico também nas pessoas uma clara tendência em rejeitar, à priori, novas idéias e novos conceitos, por motivos ligados exclusivamente à religião, política e o “status” social vigente. Esta tendência, como é fácil de se compreender, liga-se, por um lado, à falta de uma adequada e esclarecedora leitura e, por outro lado, às baixas condições do nível cultural da grande maioria das pessoas. Não seria talvez necessário dizer que, no particular caso, o Brasil apresenta-se como campeão da desinformação, ou que toda informação é somente guiada em certa e específica direção. Ou seja: aquela que mais beneficia a classe dominadora, isto é, uma minoria. A nossa maior dificuldade reside num fato incontestável: a maioria das pessoas reage violenta e instintivamente contra qualquer idéia, ou processo, que possa a vir, de uma maneira ou de outra, estremecer o “status quo” reinante, ou seja: que as venha forçar a pensar por si próprias. Mesmo que esta nova tomada de consciência signifique uma mudança salutar, uma melhora nas condições de suas vidas ou em relação às suas atividades profissionais, sociais ou de crenças religiosas, nas quais, a grande maioria dos fiéis não têm tanta convicção. Estas são aceitas por puro comodismo ou modismo. Veja-se, como exemplo deste modismo, a enxurrada de livros esotéricos abarrotando as livrarias, e até mesmo as bancas de jornais. Atualmente, o desatino esotérico atingiu tal nível que facilitou o surgimento de “escolas”, nas quais você pode tornar-se um “iniciado à jato”, bastando tão somente para isto possuir dinheiro suficiente para gasta-lo no pagamento de ensinamentos padronizados, vindos 8 só “deus” sabe de onde. E nesta conversa muitos já entraram e continuam a entrar. Quedamos pasmos ante a miopia de indivíduos rejeitando novas idéias e novos preceitos apenas por não se encaixarem nos paradigmas de suas crenças pessoais, mesmo que estas crenças entrem em conflito com o bom senso e a racionalidade. Como afirmado por J.G. Artienza, “... o homem é o grande enganado do cosmo, e algumas vezes conscientemente, como se estivesse ansioso pelo engano e pela dependência”. O homem obedece com medo e até com alegria à toda religião ou filosofia política que lhe dispensa pensar e lhe impõem “verdades” por decreto ou, como afirmam as religiões, pela “palavra de deus”. Resumindo: o homem gosta de ser enganado. Mesmo considerando seriamente estas premissas, atrevi-me desenvolver esse trabalho, na esperança de conseguir atingir mentes mais abertas, as quais, suponho, ainda existam. A Trama aqui referida foi criada, em seus mínimos detalhes, há milhares de séculos atrás e, desde então, direciona nossos passos individuais e coletivos a uma direção que nos desvia do objetivo da evolução. Isto pode ser constatado mediante a cuidadosa observação da História e da caótica situação do mundo na atualidade. Que o homem enveredou em um beco-sem-saída será difícil contestar. A Trama foi concebida objetivando a manutenção de um Poder controlador dos destinos da humanidade, impedindo-a de libertar-se das cadeias materiais, mentais e espirituais, obstaculizando o seu livre acesso ao básico e imprescindível conhecimento necessário à sua natural maturação, e à clara visão do que o homem é em toda sua realidade e plenitude – um Deus entre Deuses. Ou, como dito por Crowley, “uma estrela entre estrelas”. O sombrio controle sobre nosso livre arbítrio tem sido mui sutilmente exercido pele Trama, apoiando-se principalmente no sentimento religioso, nas lutas de classe, nos preconceitos raciais, e antagonismos políticos, entendendo-se sobre a Terra como um pesado manto negro, obscurecendo nosso porvir. Não falo somente em termos materiais, como muitos possam imaginar. Direciona, também,, a Trama a níveis mais profundos, em que fenômenos inquietantes, manifestando-se em várias partes do mundo, e subvertendo as teorias científicas e religiosas, representam tão somente a ponta de imenso “iceberg” flutuando perigosamente na rota de nossas existências. 9 Estou plenamente desperto para o fato de que com minhas assertivas, excitarei a ira de “ocultistas”, espíritas, católicos romanos, protestantes, evangélicos, comunistas, capitalistas e democratas.1 Também, por outro lado, atrairei a atenção e o ódio dos Arquitetos da Trama, os quais, por intermédio de seus aliados humanos (e não humanos) tentarão calar minha boca e desmentir meu trabalho. Que fazer? Este sempre foi o preço pago por todos quantos, no passado, ou no presente, e seguramente no futuro, (se não vencermos a guerra contra esta Trama), deram um passo além da preconceituosa visão de valores “tradicionais”, estabelecidos como padrões inquestionáveis. Enquanto não lograrmos enxergar um pouco mais à frente e com clareza, penetrando a névoa nos envolvendo e nos desorientando, ou quando o fazemos nos curvamos, covardemente, ante as forças sinistras a nos imporem regras arbitrárias, fracassaremos ruidosamente como seres divinos e livres que deveríamos ser, e seremos engolidos pelos turbilhões da Trama. Não afirmo ter vislumbrado a verdade em toda sua magnitude. Não! Apenas penetrei um pouquinho além da névoa enganadora.Olhei, por assim dizer, por detrás do “primeiro véu”. Entrevi, com o canto do olho, o rápido e sorrateiro movimento de uma sombra esgueirando-se sinistramente entre outras sombras. Entretanto, a fugidia visão serviu para vislumbrar o ainda não visto: aquilo que nos tem manipulado, desencaminhado nossas vidas e nos observado durante séculos a fio, com sinistros olhos e escondendo-se sob diversas máscaras, sejam políticas, sociais ou esotéricas. Se bem que o homem comum não alimenta a mínima desconfiança dessa manipulação, crescendo a seu redor, ela emerge aos nossos olhos a cada instante – basta olharmos com um pouquinho de mais atenção para fatos do dia a dia, para certas lendas e mitos vindos do passado, ou para enigmas históricos e, principalmente, para a atual e cáotica situação em que a humanidade, “in totum”, mergulhou nos últimos anos, sem saber como e porque. Induzido pela Trama e seus vassalos, o homem enveredou por um labirinto, onde seus desesperados gritos ecoam há milênio, sem serem respondidos, ou nenhuma chance de ser acudido por uma Ariadne, porque somente o próprio homem poderá salvar-se a si mesmos, e nenhum “deus” fará isto por ele. 1 - Nota de E.: Na teoria, a Democracia é inspiradora, mas nada tem a ver com o que encontramos nos países dizendo adota-la como regime político, principalmente os Estados Unidos da América. O existente nestes países “democratas”, com raríssimas exceções, é um Capitalismo selvagem tão daninho à humanidade quanto o Comunismo e o Fascismo. 10

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