A teoria da hist6ria de Karl Marx: Uma defesa ISBN 978-85-268-1034-1 111111111111111111111111 9 788526 810341 Marx formulou a sua teoria sobre o desenvolvimento das fon;as produtivas como condi<;ao para a mudans:a hist6rica sem ter explorado suficientemente os supostos e implica<;6es dessa tese. Esse tipo de limitas:ao nao e exclusividade do marxismo. Charles Darwin formulou a teoria da origem das especies sem conhecer os fundamentos da genetica, e Sigmund Freud formulou a sua teoria das neuroses como manifesta<;6es. deformadas de puls6es sexuais sem ter explicado, segundo Laplanche e Pontalis, as raz6es da importancia de tais puls6es. Gerald Cohen retoma o que Marx deixou em aberto. Procura explicar por que as fors:as produtivas tendem a se desenvolver na hist6ria das sociedades humanas e por que as classes sociais que expressam tal desenvolvimento disp6em de urn poderoso trunfo para veneer a antiga classe dominante e dirigir a passagem para urn novo modo de produs:ao. A teoria da hist6ria de Karl Marx r--cEo a·c·- i.e ~f. -~-;;;':"I AMP 1... __ _._ DOl\CAO pr.Jr:.L1c.&.~::-~ Doado · 1 lnnr.An1!l ~~~~l!l··f,,,,.. ""•1'111· ... - ' "--· . . . I ' UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Rei cor jost TADEU joRGE Coordenador Geral da Universidade ALVARO PENTEADO CROSTA Conselho Edicorial Presideme EDUARDO GUIMARAES ESDRAS RODRIGUES SILVA - GUITA GRIN DEBERT jOAO LUIZ DE CARVALHO PINTO E SILVA-LU!Z CARLOS DIAS LUIZ fRANCISCO DIAS - MARCO AURtLIO CREMASCO RICARDO LU!Z COLTRO ANTUNES-SED! HIRANO COLEc;:A.o MARX 21 Comissao Edicorial ARMANDO BOITO jUNIOR {coordenador) ALFREDO SAAD FILHO - jOAO CARLOS KFOURI QUARTIM DE MORAES MARCO VANZULLI-SED! HIRANO . Conselho Consulcivo ALVARO BIANCHI - ANDRtiA GALVAO -ANITA HANDFAS ISABEL LOUREIRO -LUCIANO CAVIN! MARTORANO LUIZ EDUARDO MoTTA-REINALDO CARCANHOLO - RuY BRAGA GERALD A. COHEN A TEORIA DA HISTORIA DE KARL MARX Uma defesa TRADUt:;:AO Angela Lazagna IE o 1 T o R A Ml+:++w.w:+> Grafia arualizada segundo o Acordo Orrografico da Lingua Porruguesa de I 990. Em vigor no Brasil a partir de wo9. FICHA CATALOGRAFICA ELABORADA PELO SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNICAMP DIRETORIA DE TRATAMENTO DA INFORMAyAO Cohen, Gerald Allan, I94I-2009- C66r A teoria da historia de Karl Marx: Uma defts a I Gerald A. Cohen; tradu~ao Angela Lazagna.-Campinas, SP: Editora da Unicamp, 20I}. I. Karl Marx, I8I8-I88}. 2. Marerialismo hist6rico. }. Filosofia marxista. I. Angela La zagna. II. Titulo. CDD HS-411 ISBN 978-8s-268-I0}4·I HS-4119 indices para cad.logo sistemiitico: 1. Karl Marx, I8I8-I88} HS-411 2. Matcrialismo hist6rico HS-4119 }. Filosofia marxista HS-411 Titulo original: Karl Marx's theory ofh istory: A deftnse ·Copyright© by Michele Cohen ?<Lv Copyright © 20 I} by Editora da Unicamp .()/7~ J.. ~ UNIDADE:.f'E Direitos reservados e protegidos pela Lei 9.61 ode 19.2. I 998. ClASSIF: 3,?l_'' i/i/1 Ep roibida a reprodu~ao total ou parcial scm autoriza~ao, por escrito, dos detentores dos direitos. Z: AUTOR: c.- ED: VCl: Printed in Brazil. PATRIM.: 7192:: :2.2~ Foi feito o deposito legal. PROC.: d.,/tlff)';.S C: Q·v( ~· iy DATA: ili.f./9 FONTE;Ec.: 10.: 577lrr Direitos reservados a Editora da Unicamp Rua Caio Graco Prado, so-Campus Unicamp CEP I }08}-892-Campinas-SP-Brasil Tei./Fax: (I9) }12I-77I8/7728 www.editora.unicamp.br [email protected] Para meupai e em memoria de minha mae portanto, o que todos disseram foi .. . "depende .. . tudo depende .. . tudo depende de onde voce vive e do que voce possui para construir". S. Bone eM. Adshead, The little boy and his house Na produlj'lio social de sua existencia, os homens estabelecem determinadas relalj'oes que sao indispensaveis e independentes da sua vontade, relalj'oes de produo;:ao que correspondem a urn determinado estagio evolutivo das suas for9as produtivas ma teriais. A soma total dessas relayoes de produylio constitui a estrutura economica da sociedade, a base real sobre a qual se a eleva uma superestrutura politica e legal, e qual correspon dem determinadas formas de consciencia social. 0 modo de produ91io da vida material condiciona o processo social, poli e tico e intelectual da vida em geral. Nao a consciencia dos homens que determina o seu ser, mas, ao contn1rio, e a sua existencia social que determina a sua consciencia. Num deter minado estagio do seu desenvolvimento, as foryas produtivas materiais da sociedade en tram em contradiyao com as rela9oes de produ91io existentes ou - o que e apenas uma expressao