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A Revolução Inglesa - José Jobson de Andrade Arruda PDF

103 Pages·15.569 MB·Portuguese
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JJoosséé JJoobbssoonn ddee AAnnddrraa ddee AArrrruuddaa Maite Jm * A m éITaM AmâIJ Ofl lm O AA RREEVVOOLL UUÇÇÃÃOO IINNGGLLEESSAA jj 4? edição eeddiittoorraa bbrraassiilliieennssee Copyright © by José Jobson de Andrade Arruda, 1984 Nenhuma parte desta publicação pode ser gravada, armazenada em sistemas eletrônicos, fotocopiada, reproduzida por meios mecânicos ou outros quaisquer sem autorização prévia do editor. *• / „* ISBN: 85-11-02082-4 Primeira edição, 1984 4? edição, 1990 Revisão: José Gonçalves A. Filho e Mara S. C. de Camargo Capa: Miguel Paiva I Rua da Consolação, 2697 01416 São Paulo SP Fone (011) 280-1222 - Telex: 11 33271 DBLM BR IMPRESSO NO BRASIL ÍÍNNDDIICCEE ( O conceito de Revolução Inglesa * A estrutura econômica ............ ....................... A estrutura social ................... A estrutura política A evolução da conjuntura O processo revolucionário ' As grandes transformações Bibliografia básica .......... Para Mariana, com o amor de seu pai. OO CCOONNCCEEIITTOO DDEE RREEVVOOLLUUÇÇÃÃOO IINNGGLLEESSAA Foi no século XVII, na Inglaterra, que se deu a primeira Revolução Burguesa da Civilização Ociden- tal. Em 1640 teve início a Revolução Puritana. Em 1688~teve lugar a Revolução Gloriosa. Ambas, con- tudo, fazem parte do mesmo processo revolucioná- rio, o que nos leva a optar pela denominação Revo e não conside- lução Inglesa Revoluções Inglesas, randose que a verdadeira revolução se deu no trans- curso da entre 1640 e 1649, e Revolução Puritana, que a de 1688 foi apenas seu Revolução Gloriosa complemento natu ral. Nesse contexto, ampliamos o sentido histórico da Revolução Inglesa para inserila n a Era das Revo na medida em que antecipa a Re- luções Burguesas, volução Americana e a própria Revolução Francesa em 150 anos. Definiu o padrão da luta política revo- lucionária até o advent o da Era das Revoluções Pro- 88 José Jobson de Andrade Arruda Por isso, merece o início da letárias. datar Era das , muito mais do que a própria Revoluções Burguesas Revolução Francesa. demoDcreá tfiactoo ,e alpibeesraarl ,d ao essepue cciafircáitdear dper odfau nRdeavmoleunçtãeo Francesa está n a gestação de um a revolução popular que chega a ultra passar , no plano da prátic a política, a classe hegemônica, a burguesia. Essa especifici- dade, contudo, não lhe permite erigirse no tipo aca- bado de revolução burguesa, pois, a revolução mais pura é aquela que cria condições para a implantação do capitalismo pl eno, destravando as fo rças pro duti- vas capitalistas, acelerando, destarte, o processo re- volucionário. Paradoxalmente, foi uma revolução de compro- misso social entre a nobreza e a burguesia, a Revo- lução Inglesa do século XVII, que eliminou drasti- camente o antigo modo de produção artesanal, su- primiu as barreiras para o avanço dos cercamentos das terras e completou a Revolução Agrária, consti- tuindo o tripé — Banco da Inglaterra Governador do responsável pela con- Tesouro—Primeiro Ministro, quista dos mercados mundiais, realizando, assim, do ponto de vista da implantação do capitalismo, a grande rev olução burg uesa da Europ a. Seguindo as sugestões de C. Hill e Eric Hobs bawm, pensamos que é necessário, além do mais, estabelecer uma imbricação estrutural entre a Revo- lução Inglesa e a Revolução Industrial, entendendo as como partes do mesmo processo. Tão visceral- mente relacionadas que uma é condição da outra, A Revolução Inglesa tornandose praticamente impossível entender a eclo- são da Revolução Industrial sem as transformações econômicas, sociais e políticas decorrentes da Revo- lsuéçcãuolo I nXglVesIIa . sRoemceipnrtoec aamdqeunitree, as irgenviofilcuaçdãoo shoicsitaólr idcoo amplo se analisada no contexto mais global do pro- cesso histórico ulterior, por ela desencadeado, e que tem sua culminância na transformação industrial do século XVIII. Assim sendo, Revolução Inglesa e Revolução I n- dustrial, revolução sóciopolítica e revolução econô- mica, integramse univocamente no mesmo processo, conferindo nova feição ao recorte histórico tradicio- nal desses dois séculos decisivos da His tória da Ingla- terra. AA EESSTTRRUUTTUURRAA EECCOONNÔÔMMIICCAA Entre os séculos XVI e XVIII acelerase o pro- cesso de transição do feudalismo ao capitalismo. Tal processo tivera início já nos fins do século XI, quando ocorrem os primeiros sintomas de crise do sistema, e somente se completaria com a Revolução Industrial sIniçgãloe séa mnoasr cfaindaai sp deloa spérceusleon XçaV dIeI I.r eEsqsutaíc fioasse d doe stirsa-n- tema feudal e emergência de elementos constitutivos do modo de produção capitalista. É a fase de acu- mulação srcinária de capitais; a fase de preponde- rância do capital mercantil, elemento integrador do conjunto das atividades econômicas, assentadas em distintos modos de produção que vão das formações, servis e semiservis da Europa Oriental à exploração compulsória do trabalho indígena e escravo na Amé- rica portugue sa e espanhol a, passando po r uma mul- tiplicidade de relações de trabalho livre na Europa Ocidental, na qual prepondera, entretanto, o traba 1111 A Revolução Inglesa — i lho do pequeno produ tor independent e A emergência de um conjiinto econômico mais amplo, que ultrapassa os limites estreitos da econo- mia feudal e abrange um mercado mundial, tomado possível pela expansão comercial e marítima do sé- culo XV e XVI, cria o que Wallerstein denominou “o moderno sistema mu ndial” . Considerandose que a estrutura produtiva é impulsionada pela dinâmica do mercado, pelos im- pulsos decorrentes da circulação das mercadorias, resulta um processo de acumulação que se realiza, preponderantemente, via circuito mercantil. Tal me- canismo leva os poderes públicos — o Estado Abso lutista — a enfatizarem a primazia da circulação das mercadorias em detrimento da produção, concen- trando seus esforços na política econômica mercan- tilista que corresponde â hegemonia do capital mer- cantil e tem por objeto direto a força do Estado e o enriquecimento da burguesia. Tais objetivos somente seriam atingidos através da balança comercial favo- rável, o que por sua vez somente seria exeqüível através da política de monopólios que exigia uma política protecionista. Monopólio e protecionismo, entretanto, entendidos como práticas essenciais da política mercantilista, demandavam a existência de colônias que passam a ser, destarte, o elemento fun dmaenttreó pdoal epso leírtai cqau maseer cinaenxtielqisütaív, elv ais ptorá qtiucea ndoa mároena od-as pólio e do protecionismo. Se bem que o elemento dinâmico do conjunto das atividades econômicas fosse a atividade mercan

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