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A ética protestante e o espírito do capitalismo PDF

308 Pages·2013·4.336 MB·Portuguese
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A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO COLEÇÃO A OBRA-PRIMA DE CADA AUTOR A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO MAX WEBER Tradução Mário Moraes MARTIN ICLARET O Copyright desta tradução: Editora Martin Claret Ltda., 2013. Edição utilizada: The Protestant Ethic and Spirit of Capilalism. Talcott Parsons Harvard University, 1930. Direção Martin Claret PRODUÇÃO EDITORIAL Carolina Marani Lima Flávia P. Silva DIREÇÃO DE ARTE E CAPA José Duarte T. de Castro DIAGRAMAÇÃO Giovana Gatti Leonardo PrePARAÇÃO REVISÃO Gabriel Farias Rodrigues Waldir Moraes Alexander Barutti A. Siqueira IMPRESSÃO E ACABAMENTO Paulus Gráfica Este livro segue o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Weber, Max, 1864-1920. A ética protestante e o espírito do capitalismo / Max Weber; tradução Mário Moraes. — São Paulo: Martin Claret, 2013. (Coleção a obra-prima de cada autor; 49). Título original: Die Protestantische Ethik Und Der Geits Des Kapitalismus. “Texto integral” ISBN 978-85-7232-975-0 1. Capitalismo 2. Ética cristã 3. Protestantismo 4. Religião e sociologia 5. Sociologia cristã 1. Título. II. Série. 13-06977 CDD-261 Índices para catálogo sistemático: 1. Religião e sociologia: Teologia social 261 EDITORA MARTIN CLARET LTDA. Rua Alegrete, 62 — Bairro Sumaré 01254-010 — São Paulo, SP Tel.: (11) 3672-8144 — Fax: (11) 3673-7146 www .martinclaret.com.br 11º reimpressão - 2017 SUMÁRIO Prefácio... erereeereeeeeerereererererereerererenaess 7 À ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO Introdução do autor ...........eeeeeeeereeersenrremerenereeeeos 13 PARTE I. O PROBLEMA Capitulo I.............. e irereereereereeerereerereres 33 Capítulo IL.............. e eerrereeeeeeeeereereeeeaerrareeraraaeto 51 Capítulo HI ............. e eeeeeeeeeeeeereereereneeranees 95 “PARTE II. À ÉTICA DAS CORRENTES ASCÉTICAS DO PROTESTANTISMO Capítulo IV... aeee 127 Capítulo V ............ e cereereerereeeearearanão 237 Sobre o tradutor ...........n.n ......eeeessseeeesseeennannene 301 PREFÁCIO VALORES, CONDUTAS E ÉTICA EM WEBER Ronaldo de Oliveira Batista! O amo das ciências humanas encontrava-se em efer- vescência no século XIX, período de intensas modificações políticas, sociais e ideológicas. Esse mapa de dinâmica furiosa de transformações se viu refletir nas concepções teóricas e científicas que procuravam descrever e compreender o humano, sua essência e suas relações com o mundo. Auguste Comte (1798 — 1857), Emile Durkheim (1858 — 1917), Karl Marx (1818 — 1883) e Max Weber (1864 — 1920) eram alguns dos pensadores que essencialmente se preocupavam em formular cientificamente a Sociologia, no sentido de que compreender a ação dos indivíduos em meio às relações sociais passava a ser visto de modo metódico, sistemático e neutro. Em relação a esse último aspecto, o papel de Max Weber foi fundamental. O intelectual alemão, professor univer- sitário, pesquisador e economista, acabou entrando para a história como um dos fundadores da Sociologia moderna de feição científica. Influente na política de sua época, Weber concentrou sua produção intelectual e acadêmica em torno de algumas linhas mestras, como o processo de racionalização e a análise da sociedade moderna e capitalista, delineando, consequentemente, um método que seria um dos pontos mais ! Doutor em Linguística pela Universidade de São Paulo, coorde- nador e professor do curso de Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Além de textos em periódicos especializados, é autor dos livros Introdução à pragmática (Editora Mackenzie) e 4 palavra e a sentença (Editora Parábola). efetivos para a presença de um pensamento sociológico de natureza científica e de uma ciência social neutra articulada por pesquisadores que se colocavam como sociólogos, vistos, então, a partir de contribuições de Weber, como profissionais diferentes, por exemplo, dos políticos, que seriam não os analistas, mas os homens das ações de fato, que deveriam, assim, ser descritas e interpretadas, com neutralidade científica, por esse cientista metódico e objetivo. Nesse espírito de sua época, em que se delineou sua prática intelectual, Weber produziu em dois anos, 1904 e 1905 (para a revista alemã — da qual foi também diretor — “Arquivos de Ciências Sociais e Política Social”), os textos que dariam origem a sua obraÀ ética protestante e o espírito do capitalismo — que nos dá uma espécie de chave para o entendimento da formação de um pensamento articulado em torno dos interesses sociológicos e econômicos. Foi nesse trabalho, um marco para a Sociologia, que Weber expôs sua tese de que o protestantismo ascético teria levado ao desenvolvimento de um capitalismo, alicerçado em burocracia, em torno de um Estado racional e legal. O livro que o leitor tem agora em mãos delineia o pensamento de Weber a partir do estabelecimento de relações entre religião e capitalismo, perspectiva que não era de modo algum desvin- culada do clima intelectual de sua época, pois o estudo de uma ética relacionada à religião e a preocupação com uma mirada analítica do capitalismo eram temas presentes na construção dos saberes intelectuais da sociedade alemã. A reflexão weberiana parte de um posicionamento central, o de que o protestantismo, originado nos séculos XVI e XVII (e suas diferentes vertentes ao longo das transformações pró- prias da história), relaciona-se diretamente com o conceito de vocação profissional, base motivacional do moderno sistema econômico capitalista. Weber estruturou sua perspectiva sociológica de compreensão da dinâmica capitalista: a) delimitou a distinção entre uma formação católica e outra protestante, em que a diferença estaria alocada na perspectiva de uma educação mais humanista (católica) em confronto com uma mais técnica (protestante); b) empreendeu uma 8 análise do “espírito capitalista” (não o sistema econômico e a empresa capitalista), articulado a uma ética de vida em torno da dedicação ao trabalho e da busca da riqueza, considerados como dever moral. Em busca de uma análise da moral protestante e de uma dimensão atitudinal que serviria de base ao sistema, Weber observou em sua obra alguns dos seguintes pontos: a) a contribuição do luteranismo, em que a vocação é entendida como o chamado de Deus para o exercício da profissão no mundo do trabalho, colocando, assim, bases para um ascetismo intramundano, fincado no mundo secular; b) o protestantismo pós-luterano, ponto de partida da ética econômica capitalista, em que o trabalho e o sucesso na vida econômica são compromissos do crente e caminho para a salvação. O ponto principal a ser considerado é que nessa ética protestante, cuidadosamente delineada por Weber, há uma forma de vida baseada em um caráter metódico, disciplinado e racional. E o pensamento de Weber vai nos conduzindo para uma compreensão da moral protestante em que a valorização religiosa do trabalho e da riqueza conduz a uma formação de um indivíduo de personalidade sistemática e ordenada. Essas reflexões de natureza sociológica e econômica do pensamento e da prática religiosa devem ser colocadas pelo leitor em uma perspectiva mais ampla, que situa o trabalho de Weber em uma dimensão reflexiva que procura analisar em que medida se dá a relação entre a ação humana e seu enquadramento social e político. Nesse enquadramento, as ações humanas, em meio a instituições e o estabelecimento do poder, ganham um relevo essencial, uma vez que os atos dos homens em sociedade são incorporados em uma rotina de vida, resultando, em última instância, em uma ética. Assim, a reflexão deve ser colocada na seguinte chave: o que faz com que um protestante, por exemplo, tome determinadas resolu- ções em sua vida e execute ações derivadas e articuladoras, ao mesmo tempo, de uma ética religiosa? Quais os significados que, consequentemente, passam a ser atribuídos a condutas e hábitos que ganham um valor ético em seus próprios agentes, em formas quase naturalizadas na condução da própria vida”? 9 Destarte, a reflexão sobre a conduta religiosa encontra eco e relação com outra das preocupações de Weber: a questão do poder, da iniciativa, da conduta e das ações que quase se naturalizam com o passar dos tempos, relacionadas, portanto, a uma dimensão de poder, porque há uma aceitação voluntária em torno de um tipo de conduta considerada como válida. Temos, então, uma discussão sobre a religião e a economia que não está, de modo algum, desvinculada da construção dos elementos centrais da obra de Weber, sem dúvida um dos principais pensadores da primeira metade do século XX, e que o leitor tem a oportunidade de conhecer agora com o livro que tem em suas mãos. Io

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