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revista brasileira de geologia de engenharia e ambiental PDF

112 Pages·2017·41.69 MB·Portuguese
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RBGEA REVISTA BRASILEIRA DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA E AMBIENTAL Revista BRasileiRa de GeoloGia de eNGeNHaRia e amBieNtal Publicação Científica da Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental editoRes Alessandra Cristina Corsi - IPT Prof. Dr. Emílio Velloso Barroso – UFRJ Prof. Dra. Kátia Canil – UFABC Prof. Dra. Malva Andrea Mancuso – UFSM Prof. Me. Marcelo Denser Monteiro – Metrô - SP / UAM RevisoRes Adalberto Aurélio Azevedo – IPT José Domingos Gallas – USP Alberto Pio Fiori – UFPR José Eduardo Rodrigues – USP Aline Freitas da Silva – DRM-RJ José Eduardo Zaine – UNESP Alessandra Cristina Corsi - IPT José Luiz Albuquerque Filho – IPT Angelo José Consoni – TSAP Kátia Canil – UFABC Antonio Cendrero – Univ. da Cantabria (Espanha) Leandro Eugênio da Silva Cerri – UNESP Antonio Manoel Santos Oliveira – UNG Lídia K. Tominaga – IG/SMA Candido Bordeaux Rego Neto – IPUF Luis de Almeida Prado Bacellar – UFOP Clovis Gonzatti – CIENTEC Luiz Nishiyama – UFU Denise de la Corte Bacci – USP Luiz Fernando D`Agostino – Nucleo Diana Sarita Hamburger - UFABC Malva Andrea Mancuso – UFSM Dirceu Pagotto Stein – Geoexec Marcelo Fischer Gramani – IPT Edilson Pissato – USP Marcilene Dantas Ferreira – UFSCar Eduardo Brandau Quitete – IPT Marcelo Denser Monteiro – Metrô - SP / UAM Eduardo Goulart Collares – UEMG Marcia Pressinotti – IG/SMA Eduardo Soares de Macedo - IPT Marcio A. Cunha – Consultor Emilio Velloso Barroso – UFRJ Maria Cristina Jacinto Almeida – IPT Eraldo L. Pastore - Consultor Maria Heloisa B.O. Frascá – Consultora Fábio Soares Magalhães – Vogbr Maria José Brollo – IG/SMA Flávio Almeida da Silva - Engecorps Marta Luzia de Souza - UEM Frederico Garcia Sobreira – UFOP Nelson Meirim Coutinho - GEORIO Ginaldo Campanha - USP Newton Moreira de Souza - UnB Guido Guidicini – Geoenergia Noris Costa Diniz -UnB Helena Polivanov - UFRJ Oswaldo Augusto Filho - USP Jair Santoro – IG/SMA Reinaldo Lorandi – UFSCar João Francisco Alves Silveira - Consultor Renato Luiz Prado – USP Jorge Kazuo Yamamoto – USP Ricardo Vedovello – IG/SMA José Alcino Rodrigues de Carvalho – Univ. Nova de Lisboa (Port.) Yociteru Hasui – Consultor José Augusto de Lollo – UNESP apoio editoRial Luciana Marques, Nill Cavalcante , Renivaldo Campos pRojeto GRáfico e diaGRamação Rita Motta - Editora Tribo da Ilha volume 5 - Número 1 2015 ISSN 2237-4590 diRetoRia aBGe Gestão 2016/2018 presidente: Adalberto Aurélio Azevedo Núcleo ceNtRo oeste - Ingrid Lima vice presidente: Lídia Keiko Tominaga conselho deliberativo: Bruno Diniz, Dário Peixoto, diretor secretário: Alessandra Cristina Corsi Getúlio Ezequiel, Ingrid Lima, João Armelin, Kurt diretor secretário adjunto: Deyna Pinho Albrecht, Juliana Sobreira e Ricardo Vilhena diretor financeiro: José Luiz Albuquerque Filho diretor de cursos: Ivan José DElatim diretora de eventos: Fábio Augusto Gomes Vieira Reis Núcleo NoRte - Cláudio Szlafstein diretora de eventos adjunto: Renata Augusta Rocha N. conselho deliberativo: Dianne Danielle Farias Fonseca, de Oliveira Lenilson José Souza de Queiroz, Luciana de Jesus P.P. diretor de comunicação: Marcelo Denser Monteiro Miyagawa, José Antonio da Silva, Renato R. Mendonça, diretor de comunicação adjunto: Tiago Antonelli Jubal C. Filho e Nilton de Souza Campelo, Loury Bas- diretor de publicação: Andrea Bartorelli tos, Patrícia Mara Lages Simões, Raimundo Almir C. da diretor de publicação adjunto: Edilson Pissato Conceição, Sheila Gatinho Teixeira, Túlio A. de Araújo Mendes. coNselHo deliBeRativo Núcleo NoRdeste - Carlos Henrique Medeiros Adalberto Azevedo, Alessandra Corsi, Andrea Bartorelli,Deyna Pinho, Edilson Pissato,Fábio conselho deliberativo: Edval Lopes da Silva, Fagner Reis,Flávio Almeida, Glaucia Cuchierato, Ivan Delatim, França, Francisco Said Gonçalves, Heitor Neves Maia, José Luiz Albuquerque Filho, Leandro Castro, Lídia José Braz Diniz Filho, Kleiton Cassimiro, José Vitoriano Tominaga,Luiz Fernando, Marcelo Denser, Mateus de Britto Neto, Marcos Paulo Souza Novais, Olavo Delatim, Renata Rocha, Silvia Kitaraha e Tiago Antonelli. Santos Junior, Ubiratã Maciel, Ricardo Farias do Amaral e Vanildo Fonseca Núcleo Rio de jaNeiRo - Aline Freitas das Silva conselho deliberativo: Aline Freitas Silva, Hugo Machado, Rodrigo França, Rodney Nascimento, Rúbia Azevedo e Thiago Santos Núcleo miNas GeRais - Fábio Magalhães conselho deliberativo: Alberto Amaral, Fábio Magalhães, Gilvan Sá, Luis Bacellar, Maria Giovana Parizzi, Sandra Fernandes e Thiago Teixeira secRetaRia executiva secretária executiva: Luciana Marques Núcleo sul - Malva Andrea Mancuso Av. Profº Almeida Prado, 532 – Prédio 11 – conselho deliberativo: Alberto P. Fiori, Andrea V. Cidade Universitária – São Paulo – SP Nummer, Débora Lamberty, Eduardo C.B. Carvalho, Telefone: (11) 3767-4361 / (11) 3719-0661 Erik Wunder, Hermann Vargas, Juan Antonio A. Flores, Email: [email protected] – Home Page: www.abge.org.br Luiz A. Bressani e Malva Andrea Mancuso. APRESENTAÇÃO A ABGE apresenta mais um número da Ainda com foco no tema de gerenciamento de Revista Brasileira de Geologia de Engenharia e áreas de riscos de escorregamentos, César Falcão Ambiental (RBGEA) para compartilhar com pes- Barella e Frederico Garcia Sobreira, da Universi- quisadores, profissionais e estudantes que atuam dade Federal de Ouro Preto (UFOP), apresentam na área de geologia de engenharia e o meio am- os resultados de uma abordagem estatística para biente. Neste número, são apresentados os artigos avaliação de áreas suscetíveis, por meio da técni- que abordam estudos e pesquisas aplicadas à car- ca do fator de certeza. A análise de acurácia do tografia geotécnica e geoambiental. método é realizada pela avaliação da taxa de su- No primeiro artigo, Luiz Antônio Bressani cesso e predição. O método permite que cada área e Eli Antônio da Costa, da Universidade Federal de risco seja avaliada com as particularidades de do Rio Grande do Sul (UFRGS), apresentam uma seus condicionantes, reduzindo a subjetividade proposta para a elaboração de cartas geotécnicas dos processos preditivos associados aos riscos de voltadas para o planejamento territorial. Os auto- escorregamentos. res abordam tópicos como a relação entre susceti- A abrangência e aplicação de cartas de sus- bilidade natural e induzida de terrenos sujeitos a cetibilidade, perigo e risco à inundação fluvial, escorregamentos, a necessidade de análises quali- no contexto da prevenção de desastres naturais, tativas de perigos e o papel educativo que as car- como ferramenta de planejamento e gestão terri- tas geotécnicas possuem junto à sociedade. torial é foco do estudo de Sofia Julia Alves Ma- O artigo de Alessandra Cristina Corsi, Mar- cedo Campos e colaboradores, do Instituto de celo Fisher Gramani e Agostinho Tadashi Ogura, Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo ambos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do (IPT). Aspectos como objetivos, escala de trabalho Estado de São Paulo (IPT), aborda o desenvol- e aplicações das cartas são abordados, apresen- vimento de um método em ambiente SIG, para tando e discutindo os principais métodos para a delimitação de bacias de drenagem suscetíveis à elaboração das mesmas. ocorrência de corridas de massa e enxurradas. O O mapeamento geológico é uma etapa fun- método utiliza o Índice de Melton e dados mor- damental do processo de elaboração de cartas fométricos das bacias. O artigo apresenta a sua geotécnicas associadas à ocorrência de riscos na- aplicação em 111 municípios situados em regiões turais. Neste contexto, Saulo Borsatto e colabo- serranas de cinco estados do Brasil. radores da Universidade Federal do Rio Grande Cláudio José Ferreira, do Instituto Geológi- do Sul (UFRGS) apresentam os resultados de um co de São Paulo (IG), e coautores apresentam um detalhado processo de coleta de dados de campo modelo de monitoramento para emissão de aler- e reinterpretação de dados existentes de geologia tas de desastres, que combina o mapeamento de e geomorfologia, tratados em ambiente SIG, que risco de escorregamentos planares com o trata- permitiram uma melhor compreensão das pro- mento de índices pluviométricos, por meio do de- priedades e características geológicas da área ur- senvolvimento de um algoritmo compatível com bana do município de Caxias do Sul, Estado do a plataforma computacional TerraMA2. Rio Grande do Sul. No último artigo deste número da RBGEA, políticas públicas de gestão que visem a redução Leonardo Andrade de Souza e colaboradores de de desastres naturais. consultorias de Belo Horizonte – MG e Vitória – Estamos certos de que os artigos que com- ES, além do Instituto Federal do Espírito Santo põem este número da RBGEA trazem uma im- (IFES), apresentam o Plano Municipal de Redução portante contribuição aos profissionais que do Risco (PMRR) do município de Santa Maria de atuam em temas relacionados à Geologia de En- Jetibá, Estado do Espírito Santo. O artigo aborda, genharia e Ambiental, refletindo o estado da arte no âmbito do PMRR, a realização de estudos re- e novas técnicas de abordagem a partir da car- lacionados ao mapeamento do risco geológico e tografia para a avaliação dos riscos de desastres hidrológico bem como as propostas de interven- naturais, bem como na aplicação de ferramentas ções estruturais e não estruturais, para a gestão para o planejamento territorial. Desejamos a to- desses riscos. Os autores indicam o PMRR como dos uma ótima leitura! uma importante ferramenta para a orientação de SumáRiO 9 CARTAS GEOTÉCNICAS APLICADAS AO PLANEJAMENTO TERRITORIAL – AL- GuNS AJuSTES NO INSTRuMENTO Luiz Antônio Bressani Eli Antônio da Costa 21 DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO PARA DELIMITAÇÃO DE BACIAS DE DRENA- GEM SuSCETÍVEIS A CORRIDA DE MASSA E ENXuRRADA EM REGIÕES SERRANAS Alessandra Cristina Corsi Marcelo Fisher Gramani Agostinho Tadashi Ogura 37 INTEGRAÇÃO DE MAPEAMENTO DE RISCO E ÍNDICES PLuVIOMÉTRICOS NO MONITORAMENTO E ALERTA DE RISCO DE ESCORREGAMENTOS PLANARES NO LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAuLO Cláudio José Ferreira Denise Rossini-Penteado Celia Regina de Gouvêia Souza Glaucio Almeida Rocha Lorena de Souza Antonio Carlos Moretti Guedes 55 ANÁLISE DA SuSCEPTIBILIDADE A ESCORREGAMENTOS uSANDO A ABORDA- GEM ESTATÍSTICA DO FATOR DE CERTEZA NO MuNICÍPIO DE MOEDA, MINAS GERAIS Cesar Falcão Barella Frederico Garcia Sobreira 67 MAPEAMENTO DE ÁREAS SuJEITAS à INuNDAÇÃO PARA PLANEJAMENTO E GESTÃO TERRITORIAL: CARTAS DE SuSCETIBILIDADE, PERIGO E RISCO Sofia Julia Alves Macedo Campos Fausto Luis Stefani Nivaldo Paulon Luiz Gustavo Faccini Omar Yazbek Bitar 83 MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA ÁREA uRBANA DE CAXIAS DO SuL COMO ETAPA DA CARTOGRAFIA GEOTÉCNICA Saulo Borsatto Norberto Dani Luiz A. Bressani Nelson A. Lisboa 93 PLANO MuNICIPAL DE REDuÇÃO DE RISCO DE SANTA MARIA DE JETIBÁ – ES - BRASIL Leonardo Andrade de Souza Marco Aurélio Costa Caiado Fillipe Tesch Gilvimar Vieira Perdigão Larissa Tostes Leite Belo CARTAS GEOTÉCNiCAS APLiCADAS AO PLANEJAmENTO TERRiTORiAL – ALGuNS AJuSTES NO iNSTRumENTO GEOTECHNICAL MAP APPLIED TO TERRITORIAL PLANNING – sOME ADjusTMENTs IN THE INsTRuMENT Luiz ANTôNiO BRESSANi PPGEC/uFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: [email protected] ELi ANTôNiO DA COSTA uFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: [email protected] RESuMO ABSTRACT O objetivo deste trabalho é sugerir algumas alterações The objective of this paper is to suggest some no processo de estudo e apresentação das Cartas Geo- modifications on the study process and in the técnicas no âmbito do seu uso no Planejamento Terri- presentation of Geotechnical Maps for Territorial (or torial (ou Urbano), salientando as grandes vantagens Urban) Planning, highlighting the great advantages of de seu uso, mas discutindo alguns dos seus condicio- its use but discussing some of its current constraints. nantes atuais. Um aspecto que é levantado é a susceti- One aspect is the susceptibility to mass movements of bilidade dos terrenos aos movimentos de massa, aqui the area, here called natural susceptibility, and problems denominada suscetibilidade natural e os problemas com with the prospective evaluation of induced susceptibility, a avaliação prospectiva da suscetibilidade induzida, isto that is the real one due to occupation. The article also é, aquela que ocorrerá pela ocupação. O artigo discute discusses that Geotechnical Maps for Urban Planning também a necessidade de que as Cartas Geotécnicas should express, somehow, the destructive potential of para Planejamento Urbano devem expressar, de algu- the events, indicating a qualitative assessment of hazard. ma forma, o potencial destrutivo dos eventos, indican- Although this presents difficulties of evaluation, it is the do uma avaliação qualitativa do perigo. Embora isto factor that will be taken into account by the Society and apresente dificuldades de avaliação, é este fator que the stakeholders (population, developers, legislators, acaba sendo levado em conta pela Sociedade e os atores representatives of the government) when they take interessados (população, incorporadores, legisladores, decisions about the occupation, or not, of available representantes do Poder Público) quando tomam de- areas. Finally, it is highlighted the educational role that cisões sobre a ocupação ou não das áreas disponíveis. the preparation of the Geotechnical Maps may have in Por último é realçado o papel educativo que o próprio the Society, and this should be encouraged. processo de elaboração das Cartas Geotécnicas pode ter na Sociedade, pela compreensão dos condicionan- Keywords: Geotechnical mapping; susceptibility; tes que são estudados, e isto deve ser incentivado em slopes; landslides. todos os trabalhos de elaboração das Cartas. palavras-chave: Cartografia geotécnica; suscetibilida- de; encostas; deslizamentos. 9 Revista Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental 1 iNTRODuÇÃO estudam-se áreas entre 500 e 5.000 m2 e profundi- dades de até 20 m. As Cartas Geotécnicas Aplicadas ao Planeja- O objetivo principal deste trabalho é discu- mento Territorial foram fortemente incentivadas tir as Cartas Geotécnicas no âmbito do seu uso no pelo Governo Federal nos últimos anos, princi- Planejamento Territorial (ou Urbano), salientando palmente através de medidas tomadas pelo Mi- seu enorme potencial de prevenção, mas salien- nistério das Cidades (Carvalho & Galvão 2013). tando alguns dos seus limites que não são normal- O principal objetivo foi contribuir para a redução mente apresentados. de desastres, principalmente pela prevenção, atra- vés do incentivo no Planejamento Urbano e pela 2 REViSÃO BiBLiOGRáFiCA disseminação do conhecimento e uso das Cartas Geotécnicas (CG). Existe uma extensa literatura sobre Cartas Na Cartografia Geotécnica o objetivo é deter- Geotécnicas (CG) elaboradas por diversos autores minar como o ambiente é afetado pelos diversos e pesquisadores brasileiros e boas revisões podem processos de interesse (deslizamentos, inunda- ser encontradas nos anais dos eventos da ABGE. ções, enxurradas, erosões, afundamentos de terre- Este artigo não pretende revisar esta farta litera- no), e como será afetado no futuro, especialmen- tura, apenas fazer um breve relato dos conceitos te em função da ocupação. Este conhecimento é mais difundidos, e geralmente aceitos, comentan- construído a partir de observações, indicadores do as suas bases e dificuldades de utilização, além e inferências obtidas pelo estudo sistemático dos dos problemas enfrentados na efetiva aplicação atributos da paisagem geomorfológica. O estudo das Cartas geradas. é feito do geral para o particular, analisando-se diversos mapas básicos (geologia, topografia do terreno, de solos, ocupação, declividades) e reu- 2.1 Definições de Cartas Geotécnicas (CG) nindo-se inventários dos eventos de interesse. O grande desafio do meio técnico é que as Em trabalho recente encomendado pelo Mi- Cartas Geotécnicas sejam capazes de representar nistério das Cidades, Diniz & Freitas (2013) de- um mapeamento adequado da área fornecendo finem que a Carta Geotécnica (CG): “sintetiza informações sobre possíveis acidentes relaciona- o conhecimento sobre o meio físico e seus processos dos a movimentos de massa (deslizamentos de atuantes (geo) em uma determinada área, de modo a terra, tombamentos, rolamento e quedas de blo- subsidiar o estabelecimento de medidas para a adequa- cos de rocha), inundações e enxurradas, erosões, da ocupação do solo (técnica). Geralmente é composta solapamentos de margens, recalques acentuados por uma carta síntese, quadro-legenda e texto explicati- (argilas moles), afundamentos e subsidências (so- vo.” Além disto apresentam um ótimo resumo das los colapsíveis ou cársticos). bases conceituais, tipos de cartas, procedimentos Neste artigo vamos nos concentrar na dis- para sua obtenção e diretrizes para o inventário cussão dos aspectos ligados aos movimentos gra- de cicatrizes, entre outros assuntos. vitacionais de massa (escorregamentos ou desli- Naquele texto, os autores definem que “por zamentos latu sensu). Na Engenharia Geotécnica, meio da análise dos dados geológicos do meio- onde os autores têm mais experiência e fizeram -físico (relevo, material inconsolidado, rocha, hi- sua formação profissional, o objetivo normalmen- drogeologia e clima) prevê-se o comportamento dos te é solucionar casos específicos, como a estabili- terrenos em face da ocupação antrópica” (grifo nosso). zação de um deslizamento, fazendo as investiga- Santos (2014) define a CG como “um documento ções para obter os dados mínimos necessários à cartográfico que informa sobre o comportamento dos compreensão do problema e seus condicionantes. diferentes compartimentos geológicos e geomorfológi- A análise do problema e sua solução são feitos cos homogêneos de uma área frente às solicitações típi- na escala da obra, lote ou encosta, geralmente cas de um determinado tipo de intervenção, e comple- concentrando-se os esforços na investigação local mentarmente indica as melhores opções técnicas para (sondagens e topografia de detalhe). Tipicamente que esta intervenção se dê com pleno sucesso técnico- 10

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Dr. Emílio Velloso Barroso – UFRJ. Prof. Dra. Flávio Almeida da Silva - Engecorps. Frederico Tese de doutorado, Engenharia Civil, Coppe,.
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