V. R. Scalon, I. F. Fantini Ciências e história através das plantas: conhecendo o herbário ¨Professor José Badini¨, patrimônio científico e cultural de Ouro Preto e Região. Viviane Renata Scalon1, Isabella Fernandes Fantini2 1 Curadora do Herbário OUPR, Campus Morro do Cruzeiro – UFOP, Ouro Preto, MG. 2 Graduanda em Ciências Biológicas/licenciatura UFOP, Ouro Preto, MG. Mail: [email protected] Resumo Herbários também são espaços não formais de educação e este projeto integrou a UFOP às escolas de Ouro Preto e região a partir de atividades complementares ao ensino de ciências. No projeto foram oferecidos aos alunos de 9º ano e ensino médio, visitas guiadas ao acervo com foco em três temas: “Diversidade e conservação da Flora de MG”; “A arte de identificar plantas: Passado e Futuro” e “História e pesquisa de Plantas Medicinais”. Foram elaborados planos de aula e apresentação dos temas propostos, seguido de uma seleção de vídeos educativos e seleção de exsicatas para a visita-guiada. Elaborado o folder explicativo as escolas de Ouro Preto, Mariana e Itabirito foram contatadas. O envio de folder foi feito por e-mail após comunicação prévia com coordenadores pedagógicos ou diretores/professores. Em todos os contatos obtivemos boa receptividade e interesse. Entretanto poucas escolas responderam positivamente e agendaram visita. Foram atendidos 122 alunos entre 14 e 17 anos. Dos visitantes, 60% já tinham ouvido falar do assunto “herbário” antes da apresentação. Após a visita, 100% das pessoas compreenderam o que é e para que serve um herbário e 100% julgam a coleção como um lugar importante de ser mantido. A visita ao acervo foi a parte da apresentação que os alunos mais gostaram (68%), seguida da explicação (22%) e do vídeo (10%). A avaliação da visita foi de 89% excelente e 11% boa, indicando que a metodologia aplicada foi satisfatória e adequada aos propósitos pretendidos. Palavras-chave: Botânica; Conservação; Meio ambiente; Flora de MG. Abstract Herbaria are also non-formal spaces of education and this project aims to integrate UFOP with schools of Ouro Preto and surrounding cities by means of additional activities to science classes. This project has been offered to 9th Grade and high school students. Guided tours have been conducted in the OUPR herbarium approaching three distinct themes: “Flora of Minas Gerais: Diversity and Conservation”, “The Art of Identifying Plants: Past and Future”, and “History and Research of Medicinal Plants”. We have elaborated lesson plans and explanations about the three themes and selected educational videos and herbarium specimens to show to the students during the guided tours. Once the explanatory pamphlets have been elaborated, we have sent them by e- mail to schools of Ouro Preto, Mariana, and Itabirito that had previously agreed to participate in the project. Good receptivity and interest have been observed in all Redes de Herbários e Herbários Virtuais do Brasil – 68º Congresso Nacional de Botânica UNISANTA Bioscience Vol. 6 nº 5 – Edição Especial (2017) Página 86 V. R. Scalon, I. F. Fantini contacts. However, few schools have actually scheduled a visit. A total of 122 students between 14 and 17 years old have been attended. Of these, 60% had previously heard about the subject “herbarium”. After the visit, all the students could understand what a herbarium is and considered its collection an important patrimony to be preserved. The collection has been considered the most interesting part of the visit for 89% of the students, followed by the explanation (22%) and the video (10%). 89% of the students have considered the guide tours “excellent” and 11% “good” indicating that the methodology we have employed was adequate. Key words: Botany; Conservation; Environment; Minas Gerais Flora. Introdução O Brasil é um dos países mais ricos em biodiversidade, contando com o primeiro lugar em número total de espécies animais e vegetais (MITTERMEIER et al., 2005). Contudo, paradoxalmente, ocorre uma acelerada redução de suas áreas naturais, cada vez mais confinadas a unidades de conservação protegidas por lei e regidas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), que não ultrapassam 15% do território nacional (MEDEIROS & ARAÚJO, 2011). Porém, esta política não é suficiente para proteger e garantir a conservação deste patrimônio genético que é a flora nacional. Um herbário consiste basicamente de coleções de material botânico proveniente de diversas regiões geográficas. Constituem exemplares as plantas secas prensadas, dessecadas e coladas em papel (exsicatas), frutos, sementes e amostras de madeira, também dessecados e flores e frutos conservados em meio líquido próprio. Os herbários são, portanto, bancos de informações que contêm amostras de exemplares botânicos, certificando a riqueza florística existente em uma determinada região. Todas as exsicatas são acompanhadas de uma etiqueta na qual constam dados sobre a espécie amostrada, coletores, observações acerca da vegetação e usos das plantas, local e data da amostragem. Desta forma, uma coleção botânica é fonte não só de informação científica, mas também de aspectos culturais de locais e tempos remotos. A manutenção de acervos botânicos pode ser vista então como uma das principais ferramentas para a sustentação do conhecimento da diversidade global, uma vez que neles se baseiam estudos acadêmicos que descrevem o que hoje é conhecido em termos de espécies de vegetais e este conhecimento subsidia políticas públicas visando a conservação da flora. O Brasil conta com 215 herbários ativos, sendo que destes, apenas 18 (cerca de 7% do total brasileiro) estão localizados no estado de Minas Gerais, o quarto maior Estado em extensão territorial e portador de mais de onze mil espécies de angiospermas segundo a Lista de Espécies da Flora do Brasil, o que representa aproximadamente 20% da flora brasileira. Dentre os herbários mineiros, o atual OUPR, é o que contempla acervos mais antigos, indexados ainda no século XIX, como o do Herbário da Escola de Farmácia de Ouro Preto (1892) e o da Escola de Minas (1900) que foram unificados pela Universidade Federal de Ouro Preto em 1986 como “Herbário Professor José Badini” (SCALON, 2015). Esses antigos acervos citados figuram entre os herbários mais antigos do Brasil, juntamente com os Herbários do Museu Nacional, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Museu Paraense Emilio Goeldi (PEIXOTO ET AL., 2007). Este perfil histórico e científico do Herbário “Professor José Badini” ressalta sua importância no contexto nacional, uma vez que os dados presentes nos materiais Redes de Herbários e Herbários Virtuais do Brasil – 68º Congresso Nacional de Botânica UNISANTA Bioscience Vol. 6 nº 5 – Edição Especial (2017) Página 87 V. R. Scalon, I. F. Fantini históricos, hoje parcialmente limitados àqueles que visitam pessoalmente o acervo, são essenciais em estudos taxonômicos, pois grande parte dos materiais está associado apenas a localizações-tipo (geralmente descrição geográfica abrangente e ano de coleta) em áreas atualmente degradadas pela mineração ou urbanizadas, o que inviabiliza expedições nos dias de hoje. Tais dados são fundamentais para a compreensão taxonômica de grandes grupos que ocorrem na região como, por exemplo, Asteraceae e Melastomataceae, permitindo subsidiar avanços científicos e tecnológicos envolvendo a flora regional. No entanto, as informações contidas em herbários até então restritas à comunidade acadêmica agora podem ser acessadas na internet, por meio do projeto “Herbário Virtual da Flora e Fungos do Brasil”, do qual o Herbário “Professor José Badini” faz parte. Pela importância de seu acervo histórico, assim como pela relevância de informações sobre a fitofisionomia da região do Quadrilátero Ferrífero, esta proposta assume um grande papel, não só quanto as informações a serem disponibilizadas em formato digital, mas também pela preservação dos conteúdos a serem digitalizados. Neste contexto, herbários assim como outros museus têm se destacado como espaços não formais de educação, buscando levar o conhecimento científico de forma mais acessível para a compreensão dos seus questionamentos e aplicabilidades, sendo grandes aliados para a realização de atividades em Educação Ambiental, fazendo com que sejam aproveitados os elementos ali disponíveis para o despertar de uma conscientização ambiental ampla. ARAGÃO (2006) reafirma que o ser humano, habituando-se cotidianamente a uma vida artificial em metrópoles, afastou-se da natureza, esquecendo-a, deteriorando-a, passando a considerar-se superior, externo ao reino vegetal. Desta forma, muitas pessoas não têm contato com as plantas e chegam a não ter praticamente nenhum conhecimento sobre elas. Mesmo assim, as sociedades urbanas continuam dependentes das plantas para a manutenção das suas vidas e da sua qualidade de vida. O modelo tradicionalista de ensino de botânica é desvinculado as experiências culturais e sociais dos estudantes do ensino fundamental e médio. Valorizando a memorização de nomes científicos e excluindo o contato direto com as plantas e a conexão ecológica entre ser humano e flora. Tornando o aluno como um mero ouvinte, sem o desenvolvimento de seu senso crítico, gerando desinteresse tanto dos alunos quanto dos professores. Desse modo, esse projeto buscou despertas nos alunos a curiosidade sobre a botânica inserida em um espaço não formal: o herbário, físico ou virtual, aproximando os alunos da universidade/pesquisa acadêmica e também do ambiente em que vivem. Relato de Atividades Para o desenvolvimento das atividades propostas foram envolvidas duas pessoas, a curadora do acervo como coordenadora e uma graduanda de Ciências Biológicas/Licenciatura, contemplada com uma bolsa de atividades de extensão da Pró- reitoria de Extensão da Universidade Federal de Ouro Preto (PROEX) durante os seis meses de desenvolvimento do projeto, de junho a dezembro de 2016. O projeto foi destinado a alunos de 9º ano (ensino fundamental II) e ensino médio da região de Ouro Preto, Mariana e Itabirito, devido ao conteúdo abordado. Selecionamos três temas centrais que abrangem áreas da botânica vinculadas à região dos Inconfidentes e ao cotidiano dos adolescentes, sendo eles: “Diversidade e conservação da Flora de Minas Gerais”; “A arte de identificar plantas: Passado e Futuro” e “História e pesquisa de Plantas Medicinais em Minas Gerais”. Para cada um dos temas selecionados foram desenvolvidos: I) plano de aula; II) apresentação Redes de Herbários e Herbários Virtuais do Brasil – 68º Congresso Nacional de Botânica UNISANTA Bioscience Vol. 6 nº 5 – Edição Especial (2017) Página 88 V. R. Scalon, I. F. Fantini expositiva em slides, utilizando Power Point®, com duração aproximada de 20 minutos; III) seleção na internet de vídeos educativos relacionados aos temas, sendo editados para terem duração máxima de 10 minutos; IV) levantamento das exsicatas citadas em cada tema para a exposição como parte da visita guiada ao acervo. Paralelamente foi elaborado um vídeo explicativo de 10 minutos utilizando o programa Windows Videomaker® para contextualizar os alunos quanto ao histórico do herbário “Professor José Badini” e sua importância como patrimônio científico e cultural de nossa região. A princípio foi feito um levantamento das escolas que atendiam os pré-requisitos estabelecidos. Obtida a listagem, optamos por realizar visitas pessoais nas escolas de Ouro Preto para explicar as atividades propostas, assim como deixar o folder explicativo elaborado para este projeto para futuros contatos. Posteriormente ocorreu o contato com as escolas municipais, estaduais e particulares de Mariana e Itabirito via telefonemas, onde era apresentado e oferecidas as atividades do projeto. Neste contato telefônico obtínhamos endereço eletrônico e em seguida eram enviados os planos de aula e o folder explicativo para que coordenadorias pedagógicas e professores pudessem conhecer o projeto e escolher o tema mais adequado e interessante para seus alunos. Após o agendamento com a escola interessada eram preparados o laboratório didático de Botânica do Departamento de Biodiversidade, Evolução e Meio Ambiente (DEBIO) e o acervo biológico botânico para atender a demanda esperada, com equipamento Datashow e seleção do acervo a ser exposto. Posteriormente, na chegada da escola ao Instituto de Ciências Exatas e Biológicas (ICEB), os alunos eram recebidos na portaria principal pela bolsista do projeto e direcionados ao Laboratório Didático/DEBIO, uma sala na qual eram apresentados à equipe e assistiam inicialmente o vídeo sobre o contexto histórico do herbário “Professor José Badini”. Em seguida era apresentada a aula do tema escolhido (Figura 1) e, sanadas as dúvidas, viam ao vídeo educativo selecionado para observarem a realidade do profissional de botânica no cotidiano. Figura 1: Aula e visita guiada ao acervo OUPR com uma das escolas participantes. Encerradas as atividades no laboratório didático, os alunos eram guiados até o herbário “Professor José Badini” (Figura 1), também no ICEB, para observação in situ da coleção biológica botânica (exsicatas), de seus processos de montagem e da dinâmica do laboratório/ acervo para manutenção e preservação da coleção. Nesta atividade os alunos observaram exsicatas das espécies de plantas citadas na apresentação sobre o tema e viram o processo de informatização do acervo, consultando dados online. Após elucidar os eventuais questionamentos relacionados ao tema exposto foram aplicados aos participantes questionários com 11 perguntas, sendo as quatro inicias para caracterizar o público presente e as sete restantes para avaliação dos resultados da Redes de Herbários e Herbários Virtuais do Brasil – 68º Congresso Nacional de Botânica UNISANTA Bioscience Vol. 6 nº 5 – Edição Especial (2017) Página 89 V. R. Scalon, I. F. Fantini intervenção realizada. Finda a atividade proposta, os alunos eram acompanhados novamente até a portaria principal do ICEB onde eram conduzidos de volta à escola. Conforme previsto no projeto inicial, concomitantemente às atividades extensionistas, a bolsista trabalhou na inclusão de dados após a etapa inicial de preparação do material didático e contato com as escolas, assim como nas semanas que não foram agendadas visitas ao acervo. Para a informatização no Herbário OUPR é realizado com o programa BRAHMS (versão 6.9), sendo posteriormente transferidos ao servidor (CRIA) e então disponibilizados para consulta pública no site “splink” (http://www.splink.org.br/), vinculado ao projeto “Herbário Virtual da Flora e Fungos” (INCT), abordado em todos os temas expostos às escolas. De forma geral, obtivemos boa participação de escolas para o tempo que tivemos disponível em virtude da greve/ocupação de alunos das escolas de ensino médio em Ouro Preto e região, assim como na própria UFOP, totalizando 122 alunos entre 14 e 17 anos. Quando analisados os dados sobre a percepção sobre o tema “herbário” (Figura 2), 60% já tinham ouvido falar do assunto antes da apresentação e 65% já apresentavam interesse prévio pelo assunto abordado. Estes valores condizem com o esperado, pois os professores fizeram uma explanação prévia aos alunos anterior às atividades desenvolvidas na UFOP. Entretanto mostram que a área da Botânica ainda é pouco explorada por não ser abordada de forma interativa, e sim apenas expositiva. Já em relação à percepção dos alunos após a intervenção, 100% dos alunos entenderam o que era e para que servia um herbário e 100% julgaram o acervo como um local importante a ser mantido na universidade. Estes resultados mostraram que os recursos didáticos utilizados e a abordagem utilizada pela equipe de trabalho foram efetivos para se alcançar os objetivos da atividade de extensão proposta, aumentando a percepção dos alunos sobre o meio onde vivem e a importância de seu papel enquanto cidadão para a preservação dos cenários naturais da região. Percepção dos participantes quanto ao herbário 100 80 60 40 20 0 Sabiam o que era Interesse pelo assuntoEntenderam o que era Importante de ser Relevância para herbário um herbário mantido preservação da biodiversidade Figura 2: Porcentagem de alunos visitantes em relação à percepção quanto ao herbário. Em relação à atividade desenvolvida na UFOP os alunos responderam sobre qual parte da atividade mais gostaram (Figura 3). A visita guiada ao acervo foi a parte que mais agradou aos alunos visitantes (68%), seguida da explicação prévia (22%) e do vídeo sobre o tema escolhido (10%). Estes resultados confirmam a importância da exploração de ambientes não formais de educação, onde os alunos podem tocar a matéria de estudo, criando importantes conexões entre o que aprendem em sala de aula com a realidade cotidiana de profissionais e estudantes da área biológica. Redes de Herbários e Herbários Virtuais do Brasil – 68º Congresso Nacional de Botânica UNISANTA Bioscience Vol. 6 nº 5 – Edição Especial (2017) Página 90 V. R. Scalon, I. F. Fantini Qual parte mais gostou 22 Explicação prévia 10 Vídeo ilustrativo 68 Visista guiada Figura 3: Número total de alunos visitantes em relação à parte da interação que mais gostou. Finalmente, quando questionados sobre como classificariam a atividade desenvolvida na atividade realizada pela equipe de trabalho do Herbário “Professor José Badini”/ UFOP sendo disponíveis as opções “excelente”, “boa”, “regular”, “ruim” e “péssima”, 89% dos alunos visitantes classificaram como excelente e os 11% restantes como “boa”. Tais resultados indicam que tanto a forma quanto o conteúdo apresentado nas atividades programadas se adequaram aos objetivos do projeto. Em relação à informatização de dados do herbário, foram informatizadas 288 exsicatas, sendo que todas tiveram os dados atualizados e, sempre que necessário, foram também reformadas devido a danos causados por más condições de armazenamento e ataque de insetos, uma vez que são em sua maior parte materiais históricos que não tiveram adequado manejo. Além disso, o projeto atendeu uma demanda existente no ensino de Ciências/Biologia do ensino fundamental e médio, aliando o conhecimento da flora regional a ferramentas disponíveis na internet que podem ser utilizadas por professores para abranger o tema Botânica/Diversidade/Conservação Ambiental. Por outro lado, os alunos de graduação envolvidos tiveram uma oportunidade única de ter contato com os processos envolvidos no manejo e manutenção de coleções botânicas, assim como na capacitação didática ao promoverem a visita guiada com as escolas visitantes. Outra participação importante que não estava prevista, mas que nos foi de extrema importância, foi a colaboração da Prefeitura Municipal de Ouro Preto que disponibilizou transporte para atender às escolas municipais que tivessem interesse em levar seus alunos até o Herbário. Certamente em atividades futuras iremos buscar novamente esta parceria. O projeto também teve boa visibilidade nos dois eventos acadêmicos onde seus resultados foram apresentados, em escala regional (Encontro de Saberes/UFOP-2016) e em escala nacional (XI Simpósio Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia/ Feira de Santana, BA). Conclusão Conhecer o meio em que vivemos e poder reforçar nossa identidade a partir da flora regional faz com que seja valorizado o local em que se habita, assim como as pessoas circundantes. Neste projeto pudemos perceber que houve conscientização por parte dos alunos visitantes (assim como professores e demais funcionários que acompanharam as visitas) de suas responsabilidades em relação à conservação do meio ambiente e à manutenção da diversidade. Como nossa região é rica em áreas verdes e unidades de conservação de diferentes categorias, este projeto mostrou aos alunos a importância de se preservar tais áreas e como são úteis à própria população. Redes de Herbários e Herbários Virtuais do Brasil – 68º Congresso Nacional de Botânica UNISANTA Bioscience Vol. 6 nº 5 – Edição Especial (2017) Página 91 V. R. Scalon, I. F. Fantini Consideramos bastante satisfatórios os resultados obtidos com os alunos visitantes, assim como os contatos feitos com as escolas abordadas e com a Prefeitura Municipal de Ouro Preto, demonstrando que o acervo botânico “Professor José Badini” tem um imenso potencial a ser explorado como espaço não formal de educação (área botânica) em nossa região. Com base no que foi aqui relatado, pretendemos dar continuidade ao projeto para garantir a manutenção e conservação da flora de nossa região, do saber tradicional a ela associado e da preservação do Herbário “Professor José Badini”, patrimônio científico e cultural de Ouro Preto e Região. Agradecimentos Agradecemos às escolas participantes e a PROEX/UFOP pela bolsa concedida. Referências Bibliográficas ARAGÃO, M.J. Civilização animal: a etologia numa perspectiva evolutiva e antropológica. Editora da União Sul-Americana de Estudos da Biodiversidade – USEB, Pelotas, 126p, 2006. MEDEIROS, R. & ARAÚJO, F.F.S. Dez anos do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza: lições do passado, realizações presentes e perspectivas para o futuro. Editora MMA, Brasília, 220p, 2011. MITTERMEIER, R.A.; FONSECA, G.A. B. DA; RYLANDS, A. B. & BRANDON, K. Uma breve história da conservação da biodiversidade no Brasil. Megadiversidade 1 (1): 15-21, 2005. PEIXOTO, A.L.; BARBOSA, M.R.V.; CANHOS, D.A.L. & MAIA, L.C. Coleções botânicas: objetos e dados para a ciência. Cultura Material e Patrimônio de C&T. Pp. 315-326, 2007. SCALON, V.R. Herbário Professor José Badini, Minas Gerais (OUPR). UNISANTA Bioscience 4(6): 364-366, 2015. Redes de Herbários e Herbários Virtuais do Brasil – 68º Congresso Nacional de Botânica UNISANTA Bioscience Vol. 6 nº 5 – Edição Especial (2017) Página 92