ANDRÉA MARIA FEDEGER AVALIAÇÃO DE CONDUTORES DE AUTOMÓVEIS COM DOENÇA DE PARKINSON: UM ESTUDO EM CURITIBA-PR Defesa de Tese de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna da Universidade Federal do Paraná, apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Doutor em Medicina Interna. Orientador: Prof. Dr. Hélio Afonso G. Teive Co-orientador: Prof. Dr Renato Nickel CURITIBA 2016 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DOUTORADO ANDRÉA MARIA FEDEGER AVALIAÇÃO DE CONDUTORES DE AUTOMÓVEIS COM DOENÇA DE PARKINSON: UM ESTUDO EM CURITIBA-PR CURITIBA 2016 Fedeger, Andréa Maria Avaliação de condutores de automóveis com Doença de Parkinson: um estudo em Curitiba -PR / Andréa Maria Fedeger – Curitiba, 2016. 149 f. : il. (algumas color.) ; 30 cm Orientador: Professor Dr. Hélio Afonso G. Teive Coorientador: Professor Dr. Renato Nickel Tese (doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna, Setor de Ciências da Saúde. Universidade Federal do Paraná. Inclui bibliografia 1. Terapia ocupacional. 2. Doença de Parkinson. 3. Condução de veículo. I. Teive, Hélio Afonso G. II. Nickel, Renato. III. Universidade Federal do Paraná. IV. Título. CDD 616.833 DEDICATÓRIA Pela estrada da vida, eu dedico este trecho aos meus amados passageiros (abcdefghijklmnopqrstuwvxz!), em especial àqueles que abasteceram e iluminaram meus dias e noites de nebulosidades Mãe, Pai e Andre, com amor. AGRADECIMENTOS Ao Professor Doutor Hélio Afonso Ghizoni Teive por sua paciência e credibilidade na orientação deste trabalho. Ao meu Co-orientador (incentivador) e Colega do Departamento de Terapia Ocupacional Professor Doutor Renato Nickel minha terna gratidão. À Professora Doutora Sherrilene Classen por ser minha base de dados e inspirar- me nesta investigação, thank you very much. À banca examinadora deste trabalho muito obrigada pelas contribuições Professora Doutora Iara Thilen, Professora Doutora Iranise Moro Pereira Jorge, Professor Doutor Milton Carlos Mariotti, Professor Doutor Carlos Alexandre Twardowschy e Professor Doutor Eduardo Novak. Este trabalho foi possível com o auxílio de pessoas e instituições: Fundação Araucária, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glênio Marcelo Cogo da Secretaria Estadual da Segurança Pública do Paraná, Família Aguilar Borsato da Auto Escola Silva, Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Associação Brasileira de Terapeutas Ocupacionais (ABRATO), Associação Cultural dos Terapeutas Ocupacionais (ACTOEP), Érica Cristina Santos, CENTEC, Departamento de Trânsito do Estado do Paraná (DETRAN –PR), Conselho Estadual de Trânsito do Paraná, professores e alunos da School of Occupational Therapy da Western University of Ontario, i-Mobile Research Lab, I-Map Research Lab, Florida University, The Association For Driver Rehabilitation Specialist. Aos dirigentes e profissionais da Associação Paranaense dos Portadores de Parkinsonismo deixo meus agradecimentos pela oportunidade de estar convosco a serviço das pessoas com DP. Ao Núcleo de Psicologia do Trânsito, José Carlos Belotto e Iara Pichionni Thielen e a Direção e unidades do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná. Ao Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna, em especial às Secretárias Valéria e Lúcia, Coordenadora Professora Doutora Iara Taborda de Messias-Reason e demais professores do Departamento de Medicina Interna. Ao Ambulatório de Doenças do Distúrbio do Movimento do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Aos companheiros e companheiras de docência do Departamento de Terapia Ocupacional: Derivan, Ana Maria, Ana Beatriz, Regina, Adriana Dalagassa, Claudia, Renato, Rita, Milton, Renato, Mônica, Rosibeth, Iranise, Adriana Belmonte, Christiane, Maria José, Luís Felipe, Alessandro, Gabriela, Aline, Lilian, Taiuani, Lauren, Angela, Diane, Brenda, Gabriela Dias, os técnicos administrativos Caiubi, Adelson, Marina, Karina, Adila e Derly, servidores do Bloco Didático II do Campus Botânico e aos Estudantes do Curso de Terapia Ocupacional. Aos estudantes pesquisadores voluntários e vinculados ao Programa de Iniciação Científica, orientandos: Ana Raquel, Scheila, Carol Isabel, Vanessa, Nayara, Cristhiany, Stela, Kelly, Thatiane, Luana (In memorian), Lucilla, Luciana, Marina, Thiago, Amanda, Natália. Cada condutor de automóvel que participou desta pesquisa concedeu-me oportunidades de aprender. Vocês, participantes desta pesquisa, compartilharam comigo tempo, histórias de vida, hábitos na condução do automóvel, percursos, planos, desafios, superações. Produzimos juntos este estudo. Obrigada. Agradeço pela amizade e acolhimento Sandy Spalding, Robson, Sara, Lilian, Nadia, Sherrilene, Nancy, Lili, Nátalia, Helen Kerr, Lizete, Sara, Shabnam, professores e Alunos da Escola de Terapia Ocupacional da Western University of Ontario. Tenho amigos e amigas sensíveis ao meu frenético ritmo nesse tempo de minhas ausências. Agradeço a cada um de vocês, as Mafiosas, nossas deliciosas borbulhas da Garrafa, amo Nossa Prosa Deri e A.Zimbro com o sustento de seu Pão e o encanto de sua Poesia, Amigas suaves de 1984, os amigos de Anadia, Os três do reduto dos Neves: Rebeca, Sara e Robinho, Céu azul de POA, Lucy e as Misses dos States, as Sambistas do Alice, os TOs de 1989, Mais Viver de Ana Ribas, a Terapeuta dos Des, ParCão e os amigos da Família ampliada Gastão, Daniel, Luciane, Izilda, Marcello, Beto, Sérgio, Cristiano e Heraldo. Agradeço ao precioso suporte da minha família Vó Nena, Vô Nene (In memorian), Tia Dine, Madrinhas Darlene e Marilene, Tia Liesel, Primas e Primos carinhosos e atentos, sempre na torcida, muito obrigada. Mãe, seus bilhetinhos alegram meus dias e noites e sua presença acalenta meu viver, obrigada. Pai, seu cuidado me fortalece, muito obrigada. Ao meu irmão dinâmico Luiz Marcelo, elétrica e festeira Karina, maratonista Alessandra, meu muito obrigada. Fabiola, obrigada por existir. Carlota, Jorgito (In memorian) e Marcelo, muito obrigada pela torcida. “Família como é bom”, amados sobrinhos e sobrinhas: Luiz Felipe, João Vitor, Vitória, Pedro, Leonardo, Vinicius, Giovana e Bernardo. Muito obrigada. Comecei essa tese na companhia do meu Badaró que encontrou a Ma que era só do Dé. Juntos constituímos um delicioso lar, nossa família. Éramos 4, partiram dois, hoje somos 5. Aos meus amores ANDRE, BADARÓ, MA, Z, TAO E QI, muito obrigada por tudo. Cheguei até aqui, obrigada meu amoroso Deus. Olhos, lentes, mãos, movimento. Semeiam beleza no opróbrio Ouvidos envolvidos no silêncio Feições diante de si – lágrimas pulsação Brilho. Espelhos lançam luz àqueles que são Somos. Estesia não mais anestesia. Rompe-se contrato com relógios, lapsos de eternidade Mata-se sede e fome de existir. (A. Zimbro) RESUMO A Doença de Parkinson (DP) é a segunda maior perturbação neuro- degenerativa que compromete funções motoras e não motoras, e afeta 1% da população mundial com idade acima de 60 anos. Dirigir é uma atividade complexa e dinâmica que requer um conjunto de habilidades mentais, motoras e visuais. Pressupõe-se que as pessoas com DP apresentam restrições e maior risco no desempenho da atividade de direção de automóvel. Nesta tese a condução de automóveis se constitui em objeto de pesquisa delimitado pela avaliação ampla do desempenho do motorista com a DP na atividade de dirigir. O objetivo é propor indicadores para avaliação destes condutores no Brasil. Optou-se pela pesquisa bibliográfica e pesquisa empírica com delineamento transversal descritivo-exploratório. Foi utilizada amostra pareada em idade, gênero e escolaridade, composta por dois grupos, sendo 16 condutores de automóveis, no grupo de estudo com DP e 16 condutores saudáveis no grupo controle condutores. Utilizou-se entrevista, Avaliação do Desempenho na Direção de Automóveis para pessoas com DP (ADDA-DP), exames clínicos (cognitivos, motores e visuais), teste de rua e prova de estacionamento. As diferenças encontradas entre a condução de automóvel dos condutores com DP e condutores saudáveis concordam com pesquisas internacionais. Constatou-se que os condutores com DP têm dificuldades no planejamento pessoal para interromper esta atividade, seja pela idade, seja pelo diagnóstico da DP. As recomendações apresentadas podem subsidiar o processo de concessão e renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) das pessoas com DP no Brasil. Este estudo recomenda ao que a legislação brasileira de trânsito reformule o processo de renovação para concessão da CNH incluindo uma avaliação ampla dos condutores com DP e em processo de envelhecimento incluindo o Teste de rua e Prova de estacionamento com examinador de trânsito com formação em reabilitação. Palavras chaves: Terapia Ocupacional. Doença de Parkinson. Condução de veiculo.
Description: